VIDA URBANA
Mais de 150 mil mulheres entre 18 e 49 anos sofreram aborto
Do universo pesquisado pelo IBGE em 2013, 59 mil delas possuem tinham ensino fundamental completo como nível de instrução e 89 mil são de cor parda.
Publicado em 21/08/2015 às 10:08
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013 – Ciclos de Vida do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na manhã desta sexta-feira (21) revelou que 153 mil mulheres com idade entre 18 e 49 anos sofreram algum tipo de abordo espontâneo na Paraíba. Destas, 59 mil possuem ensino fundamental completo como nível de instrução e 89 mil são de cor parda.
Sobre o nível de instrução, a PNS 2013 mostrou que as mulheres com o ensino médio completo ou superior incompleto aparecem em segundo lugar em ocorrência de aborto espontâneo, com 54 mil paraibanas. Enquanto isso, 31 mil mulheres que disseram ter passado pelo processo estudaram até o fundamental completo ou não concluíram o ensino médio. Já as paraibanas com o superior completo (9 mil) representaram minoria nos casos de aborto espontâneo, com apenas 5,8% dos relatos colhidos durante a pesquisa.
De acordo com a pesquisa, os abortos espontâneos relacionados à cor ou raça aconteceu com 89 mil paraibanas de cor parda (58,1%). Depois, 51 mil mulheres brancas disseram ter sofrido algum aborto desse tipo. Já as mulheres pretas, 13 mil, foram as que menos perderam o bebê espontaneamente.
Prevenção
Os dados da pesquisa ainda revelaram que 336 mil paraibanas com idade entre 18 e 49 anos, que tiveram relações sexuais nos 12 meses que antecederam a pesquisa e que ainda menstruavam, disseram fazer uso de algum método para evitar a gravidez. As mulheres com ensino superior completo são as que menos fizeram a contracepção, já que apenas 30 mil confirmaram a utilização de algum método.
Já 98 mil paraibanas sem instrução ou com o fundamental incompleto disseram ter evitado a gravidez por meio de métodos contraceptivos.
Assim como nas estatísticas acerca do aborto espontâneo relacionados à cor ou raça, as mulheres pardas também foram maioria no quesito prevenção. Neste caso, 170 mil paraibanas confessaram usar métodos para evitar a gravidez.
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