'Mais Médicos' tem adesão de 62 prefeituras

Com a possibilidade de aumentar o número de médicos para trabalhar nas cidades paraibanas, o Ministério da Saúde confirmou que até ontem 62 prefeituras da Paraíba tinham confirmado a inscrição no programa 'Mais Médicos', que visa melhorar o atendimento em locais com déficit de profissionais.

Esse número corresponde a 27% dos municípios do Estado e aponta para apenas 39 cidades dentre as 107 que se encontram em situação prioritária para a melhoria do serviço médico.

Como as inscrições para participar do programa se encerram à meia-noite de hoje, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) acredita que o número de prefeituras inscritas ainda ficará aquém das que precisam melhorar seu serviço de Saúde.

De acordo com o diretor de fiscalização, Eurípedes Mendonça, dificilmente a maioria das prefeituras em situação prioritária deverá se inscrever, o que continuará mantendo o cenário atual de difícil oferta de serviço à população.

“Quanto mais médico, melhor. A carência existe em todo o Estado, mas como poucas prefeituras se inscreveram, a projeção que fazemos é que esse número não supere a metade das cidades que precisam de médicos. Se das 107 em situação de prioridade apenas 10% não se inscrevessem, até que o problema poderia ser menor, mas não é a realidade”, disse o diretor do CRM classificando como baixa a participação dos gestores municipais ao programa Mais Médicos.

De acordo com o Ministério da Saúde, os profissionais que atuarão no programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil mais ajuda de custo e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa. Os municípios ficarão responsáveis apenas por garantir moradia e alimentação aos médicos, além de ter de acessar recursos do ministério para construção, reforma e ampliação das unidades básicas.

Com a inscrição no programa, as prefeituras paraibanas devem melhorar a média de médicos por mil habitantes que, atualmente, no Estado é de 1,4 e menor que a média nacional que é de 1,83 médico para cada mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde, e mais abaixo ainda da recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que estipula dois médicos para cada mil habitantes. O ministério confirmou que na semana que vem irá divulgar todas as cidades que aderiram à campanha e quantos médicos cada uma poderá receber.