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VIDA URBANA

Mariana volta para família e caso de desaparecimento é encerrado

GOE declarou que estudante está na companhia dos pais. Filha de coronel passou 9 dias desaparecida e foi encontrada na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco.

Publicado em 06/10/2009 às 7:35

Karoline Zilah

O caso do desaparecimento de Mariana Mangueira Pires de Figueiredo, de 20 anos, está encerrado. A conclusão foi divulgada no fim da noite da segunda-feira (5) pelo delegado Wallber Virgolino, titular do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil. Em nota de esclarecimento, ele declarou que a estudante “encontra-se bem, no conforto do lar e na segurança e companhia dos pais”.

O pai da estudante, o coronel da Polícia Militar Luciano Pires, informou na manhã desta terça-feria (6) que ela foi encontrada na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, trabalhando no estabelecimento comercial de uma família de Patos.

Por meio do telefonema que Mariana fez para a irmã no último sábado (3), foi possível que a polícia rastreasse sua localização, até que o pai e outros parentes foram ao seu encontro.

O delegado reforçou que o inquérito policial aponta o sumiço da estudante como um ato da vontade dela e um assunto pessoal da família.

“Se tratou de desaparecimento voluntário de pessoa maior de 18 anos de idade, responsável por atos de sua própria vida e gozando da plenitude de suas faculdades mentais, não se vislumbrando dessa forma, a ocorrência de fato típico, antijurídico e culpável, ou seja, a ocorrência de quaisquer das figuras penais descritas no Código Penal Brasileiro”, explicou Wallber.

Com o retorno de Mariana, o GOE realçou que não é mais sua atribuição comentar as decisões da estudante, nem dar detalhes sobre em que cidade ou região ela foi encontrada. “O Estado/Polícia não possui o direito de violar e devassar a intimidade da família Pires sobre os motivos que levaram Mariana Pires a tomar tal decisão”, declarou o delegado.

Entenda o caso

No decorrer da nota de esclarecimento, Wallber Virgolino recapitulou o caso e as várias especulações desde que Mariana foi considerada desaparecida, na manhã do dia 26 de setembro. A princípio, a polícia chegou a cogitar a possibilidade de sequestro, mas mediante a falta de pedido de resgate, esta hipótese foi sendo descartada.

A operação em busca de Mariana Pires contou também com o trabalho da Gerência de Inteligência da Polícia Civil. Ao longo das investigações, as equipes conversaram com familiares, amigos e testemunhas do dia em que Mariana deixou a mãe em um estabelecimento comercial no Centro de João Pessoa, deixou o carro em um estacionamento particular e foi embora. Segundo o pai da estudante, o coronel Luciano Pires, ela estaria passando por um momento difícil e teria decidido “dar um tempo”.

O próprio pai utilizou a imprensa como meio de comunicação com a filha pedindo que ela retornasse para casa e avisando que ela não seria punida, pois não estava cometendo “nenhum crime”. Passaram-se nove dias até que, nesta segunda-feira (5), a polícia afirmou que a jovem entrou em contato com a irmã por telefone, onde dizia que estava bem.

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Jornal da Paraíba

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