Maíra Panas, vítima do trágico acidente com o bimotor PR-SOM que caiu em Paraty, litoral norte do Rio de Janeiro, e também vitimou o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixou uma carta para o namorado, Rodrigo Silva, de 38 anos, antes do acidente. Além de Maíra e Teori, também estavam a bordo a mãe dela, Maria Hilda, o empresário Carlos Alberto Filgueiras (dono do avião) e o piloto Osmar Rodrigues.
O comerciante ficou incomodado com os boatos que circularam nas redes sociais a cerca de que Maíra seria uma acompanhante de luxo, ele afirmou em entrevista a VEJA que "também havia sido convidado para a viagem". E que só não foi porque se desentendera com Maíra dias antes. “Uma briga salvou a minha vida. Fizemos um ano de namoro na semana da morte dela”, disse à revista.
Maíra escreveu uma carta de reconciliação para Rodrigo, que havia saído de casa devido as discussões. Segundo Silva, quando soube das primeiras informações de que ela poderia estar no avião, começou a ligar para o celular dela. Depois disso, foi correndo para o apartamento e encontrou a carta em cima da mesa da sala.
Leia texto da carta de Maíra Panas na íntegra:
“Para lembrarmos daqui alguns meses. Para sempre eu e você. Na tristeza, nos pesares, nas alegrias ou conquistas, precisamos nos lembrar mais, mandar cartas como fazíamos antigamente. Bem vindo à nossa casa, nosso lar, hoje 18/1/201…, é só nosso começo, lindo meu”.
Rodrigo e Maíra moravam juntos há um ano na Vila Mariana, em São Paulo, e tinham planos de montar uma clínica de massoterapia. Silva informou que ela estava no segundo semestre do curso de fisioterapia, e nos últimos meses conciliava a faculdade com aula de dança para crianças, venda de sucos detox e as massagens.
Ela atendia a maioria dos clientes em uma sala alugada pelo casal, mas também fazia atendimentos particulares, como no caso de Filgueiras, dono do luxuoso Hotel Emiliano. Segundo Rodrigo, Maíra havia sido a única que conseguira tirar a dor na coluna do empresário.
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