VIDA URBANA
Médicos da Prefeitura da capital vão atender no HU
Ações emergenciais para resolver crise no HU incluem médicos da prefeitura de João Pessoa realizando atendimentos na instituição.
Publicado em 01/12/2011 às 6:30
A partir da próxima segunda-feira, médicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vão trabalhar em caráter emergencial no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa. O atendimento no HU também será reforçado por profissionais de medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que terão a jornada de trabalho ampliada pela Reitoria.
As decisões foram tomadas ontem durante reunião do Conselho Deliberativo do HU, que discutiu a crise econômica da unidade.
Há quase uma semana, o bloco cirúrgico e o setor de obstetrícia estão sem atender à população por falta de médicos e equipamentos.
Segundo a presidente do Conselho Deliberativo, Margareth Formiga de Lins, os atendimentos serão retomados a partir da próxima segunda-feira, mas explicou que as ações adotadas são emergenciais e não vão resolver os problemas do HU.
Mesmo com o reforço dos médicos da Prefeitura de João Pessoa e da UFPB, Margareth estima que o atendimento nos blocos cirúrgicos e obstétrico só será normalizado dentro de 20 a 30 dias.
“O problema não é de hoje. A atual gestão encontrou o HU com uma dívida de R$ 3 milhões. A despesa mensal do hospital é de R$ 1,8 milhão, mas os recursos enviados pelo governo federal são de R$ 1,3 milhão. Isso significa que o HU tem um déficit mensal de R$ 500 mil”, explicou Margareth.
Ela ainda explicou que a administração do HU comunicou a situação precária de funcionamento da instituição, por diversas vezes, ao governo federal, mas não houve solução. “Só enviaram ajuda quando a crise chegou a esse ponto. Na semana passada, o HU recebeu recursos de R$ 4,1 milhões, mas a quantia é insuficiente para custear as despesas maiores do hospital até março de 2012. Nesse período, é necessário ir atrás de mais recursos para resolver esse problema definitivamente”, afirmou.
A reunião teve representantes da UFPB, dos funcionários, dos médicos, dos estudantes, da comunidade e da Secretaria de Saúde de João Pessoa. “Discutimos a atuação de cada um.
Faltaram ações da UFPB, que não fez concurso público, não adquiriu equipamentos e nem realizou as reformas necessárias”, completou Margareth.
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