VIDA URBANA
Médicos de hospital da capital param na segunda-feira
Médicos do Hospital Militar Edson Ramalho reclamam de atraso nos salários.
Publicado em 10/04/2013 às 16:42
Os 14 leitos de cuidados intensivos de recém-nascidos do Hospital General Edson Ramalho vão ficar sem acompanhamento médico a partir desta segunda-feira, dia 15. A decisão foi tomada pela equipe médica do hospital na manhã desta quarta (10), em reunião com a diretoria, e é uma resposta ao atraso que vem sendo registrado no pagamento dos salários desde novembro de 2012. Até esta quarta-feira, o último salário recebido pelos médicos foi o referente ao mês de fevereiro. Entidades como o Conselho Regional de Medicina (CRM) e a Sociedade de Pediatria já foram informados da medida.
A assessoria de imprensa da Secretaria do Estado de Saúde informou que enviaria nota com o posicionamento, mas até as 16h30 desta quarta-feira nada foi enviado.
De acordo com a neonatologista Ádila Sampaio, que compõe a equipe, a situação da equipe de enfermagem é ainda mais complicada, já que os salários estavam sendo pagos apenas parcialmente. “O salário dos médicos atrasa, mas sai completo. O dos enfermeiros sai pela metade e, quando eles recebem a segunda metade, o salário seguinte já está atrasado também”, conta.
Ela garante que os médicos estão em diálogo com a direção do hospital há mais de um mês. No dia 4 de março passado, eles entregaram um documento relatando a intenção de “entregar a escala”, que significa interromper os contratos, já que a maioria deles é prestador de serviços. O prazo para que a situação fosse solucionada era o final do mês de março. Além disso, a equipe também reclama que o salário pago no hospital está abaixo do praticado pelo próprio governo do Estado.
A Sociedade Paraibana de Pediatria já emitiu um documento em que se solidariza com a equipe do Edson Ramalho. “Tais leitos são fundamentais para a manutenção do atendimento a recém-nascidos, uma vez que mesmo com o funcionamento normal destes, já temos déficit de leitos semelhantes na cidade e no estado”, destaca o documento.
A assessoria de imprensa do Conselho Regional de Medicina informou que o órgão foi notificado nesta terça-feira (9) e que no momento a negociação é apenas entre os prestadores de serviço e a direção da unidade hospitalar.
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