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VIDA URBANA

Médicos dos hospitais de Patos também fazem paralisação

Cerca de 80 médicos, de diversas especialidades, resolveram parar  pedindo equiparação salarial com os profissionais que trabalham em hospitais públicos de Campina Grande e João Pessoa.

Publicado em 09/04/2011 às 11:16

João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba

Os moradores de Patos e de mais 40 cidades polarizadas pelo município, no Sertão do Estado, que precisam de atendimento médico nos hospitais Regional Janduhy Carneiro, na Maternidade Peregrino Filho, e no Hospital Infantil Noaldo leite, estão enfrentando desde esta sexta-feira (8) uma realidade preocupante. Os cerca de 80 médicos, de diversas especialidades que atendem nas unidades, resolveram cruzar os braços pedindo equiparação salarial com os profissionais que trabalham em hospitais públicos de Campina Grande e João Pessoa.

A decisão foi tomada em assembleia, pelos integrantes da Cooperativa dos Médicos Urgentistas do Interior da Paraíba. De acordo com a entidade, com a paralisação os médicos patoenses só estão atendendo desde sexta casos de urgência e emergência e que tenham riscos de vida. Os profissionais alegam que recebem em média R$ 400 por plantão a cada 12 horas; enquanto que médicos realizariam trabalho semelhante em Campina e na capital e receberiam cerca de R$ 1,2 mil pelo mesmo período de tempo.

“Nós só estamos atendendo a riscos de vida. E iremos fazer isso por dez dias. Caso não seja atendida nossa reivindicação, que é a isonomia nos plantões, vamos entregar todos os plantões extras e ficarão atendendo somente nos hospitais os médicos concursados, que representam 30% do efetivo. Esse movimento teve início já há sessenta e oito dias, quando foi entregue um documento solicitando soluções para esse problema. E agora só voltaremos ao trabalho normal depois que nossas reivindicações forem atendidas”, explicou Jânio Rolim, presidente da cooperativa.

Apenas no Hospital Regional, que atende o maior número de pacientes na cidade, são realizados por mês cerca de 16 mil atendimentos e 300 cirurgias. Com a paralisação, conforme o diretor da unidade, médico Eliseu de Melo, os atendimentos devem ser reduzidos pela metade. “Os casos de urgência em que há riscos de vida para os pacientes estão sendo atendidos. Por isso o movimento não causa tanto impacto para a população. A secretaria está negociando com os profissionais e certamente vai chegar a um consenso”, ressalvou o diretor.

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Jornal da Paraíba

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