VIDA URBANA
Médicos efetivos de João Pessoa vão paralisar as atividades novamente
Segundo o Simed-PB, negociações com gestão municipal relacionadas às reinvidicações da categoria não foram bem sucedidas.
Publicado em 23/03/2016 às 15:49
Os médicos efetivos da prefeitura de João Pessoa farão uma nova paralisação a partir do próximo dia 29 até o dia 5 de abril. Segundo o Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB), as negociações com a gestão municipal, relacionadas às reinvidicações da categoria, não foram bem sucedidas. A categoria já havia realizado uma paralisação na semana passada, deixando cerca de 300 consultas e 20 cirurgias pendentes por dia.
O presidente do Simed-PB, Tarcísio Campos, explicou que a aprovação da proposta feita pela prefeitura, durante assembleia no último dia 15, foi feito sob a ressalva de que o conteúdo seria analisado. Por conta disso, a categoria manteve a paralisação até o dia 18, conforme previsto anteriormente.
“Nós deixamos claro que aceitamos a mensagem que foi enviada pelo executivo da Câmara, mas queríamos negociar o projeto. Posteriormente, tivemos uma reunião com os secretários de Saúde e Administração, na última segunda-feira para apresentar o que achávamos que precisava ser corrigido no projeto. Não houve avanço nessa reunião e agora está na mão do prefeito aceitar ou não a nossa contraproposta”, afirmou.
A contraproposta do Simed-PB faz três modificações na proposta original apresentada pela prefeitura, e “não traz impactos orçamentários significativos”, de acordo com Tarcísio. “O prefeito recebendo nossa proposta e colocando em análise com a equipe dele, em caráter urgente, urgentíssimo, ela será colocada novamente em pauta na Câmara de Vereadores”, disse. O documento foi remetido ao prefeito ainda na manhã de hoje, mas segundo o sindicato não foi dado nenhum posicionamento sobre uma nova negociação com a categoria.
As alterações presentes na contraproposta versam no caminho já percorrido pelas negociações, onde uma emenda parlamentar transformaria o texto original do projeto, que consta que os médicos só se aposentariam com 70% da Representação da Atividade Médica (RAM) – nova gratificação, com caráter salarial e remuneratório criada em substituição da GDP dos médicos, onde, conforme Tarcísio Campos, a categoria perderia 23% no momento da transformação. Essa seria a primeira modificação: não haver a perda percentual.
“Nós propomos que não haja diminuição do valor da RAM, que ela tenha o mesmo valor da GDP. A segunda modificação é para que os médicos se aposentem com 100% do valor da RAM e por fim o escalonamento da contribuição, em cinco anos, para que a aposentadoria”, disse.
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