VIDA URBANA
Médicos param por 24h e deixam mulheres sem atendimento no Isea
Paralisação que deixou mulheres sem atendimento no Instituto Elpídio de Almeida tem objetivo de pressionar câmara municipal.
Publicado em 19/11/2011 às 6:30
As mulheres que procuraram atendimento médico ontem no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, saíram frustadas devido à paralisação de advertência dos profissionais por 24 horas.
A dona de casa Ivaneide Cecília de Andrade, 35 anos, chegou à maternidade por volta das 8h30 da manhã e teve o atendimento remarcado para segunda-feira. “Eu sofri um aborto espontâneo e estou sentindo muita dor, mas cheguei aqui e me deparei com os médicos parados”, contou.
Na manhã de ontem, os médicos realizaram uma mobilização na frente do Isea, exibindo uma faixa com o pedido: “Chega de enrolação! PCCV da Saúde”. Segundo o anestesista Ricardo Loureiro, apenas o atendimento de urgência e emergência foi realizado.
Ainda de acordo com a classe médica, um pedido de demissão coletiva foi formulado e será executado, caso o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) dos servidores municipais da saúde não seja aprovado e implantado a partir de 2012. Além da questão salarial, eles reivindicam ainda melhores condições de trabalho.
Para a médica Ana Cantalice, a grande questão é que o prazo dado para o envio do projeto para a Câmara de Vereadores não foi cumprido.
De acordo com a diretora-geral do Isea, Francimar Ramos, a paralisação não se justifica, já que o PCCV será encaminhado para votação na próxima semana. Segundo a secretária de Saúde, Tatiana Medeiros, a demora em finalizar o plano foi causada devido a algumas incongruências existentes no projeto, que precisou de ajustes. “Ele foi concluído e será protocolado na Câmara ainda na próxima semana”, concluiu.
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