VIDA URBANA
Médicos reduzem em cirurgias em CG
Foram reduziram em cerca de 50% a quantidade de cirurgias oncológicas e eletivas realizadas no local.
Publicado em 22/10/2011 às 6:30
Os médicos da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, reduziram em cerca de 50% a quantidade de cirurgias oncológicas e eletivas realizadas no local. A redução está sendo provocada devido à insatisfação dos cerca de 20 cirurgiões que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS) com o valor pago por cada procedimento. Eles defendem que o valor dos procedimentos passe a ser baseado na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), em vez de ser pago conforme a tabela do SUS.
Segundo o médico Jairo Sales Coury, diretor do Centro Cirúrgico da unidade, a média de cirurgias eletivas, como de hérnia e vesícula, era de 160 por mês. Atualmente, a média varia entre 60 e 70 procedimentos mensais. Já o número de cirurgias oncológicas, que incluem câncer de tireoide, de esôfago e de mama, variava entre 40 e 50 num período de 30 dias e caíram para 20 e 25 cirurgias por mês.
Uma das pessoas prejudicadas é uma artesã de 46 anos, moradora da cidade de Campina Grande. Ela começou a tratar um câncer de mama em abril do ano passado e precisa de cirurgia. O procedimento deveria ter acontecido em setembro, mas até agora a operação não foi marcada. “Ligo diariamente, mas sou informada que por causa da 'greve', tenho que esperar. Estou muito aflita”, disse a paciente, que preferiu não ser identificada.
A secretária de Saúde de Campina Grande, Tatiana Medeiros, disse que já em negociação e que o pleito dos médicos será atendido, e o atendimento será normalizado.
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