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VIDA URBANA

Medo gera subnotificação de violência contra homossexuais

Assim como nos casos de agressões às mulheres, na maioria das vezes os agressores dos homossexuais são os próprios parceiros.

Publicado em 24/10/2010 às 11:09

Ellyka Akemy
Para o Jornal da Paraíba


A Delegacia Especializada em Crimes Homofóbicos, localizada em João Pessoa, registrou, de janeiro até o início de outubro do ano corrente, 60 ocorrências de agressões aos homossexuais. Contudo, o delegado Marcelo Falcone afirmou que esses números não condizem com a realidade, uma vez que muitos dos agredidos não fazem boletins de ocorrência por medo, comprometendo as estatísticas.

Assim como nos casos de agressões às mulheres, na maioria das vezes os agressores dos homossexuais são os próprios parceiros. “É muito semelhante ao que acontece na Delegacia da Mulher, eles veem e não querem denunciar porque têm medo, às vezes não querem se expor e nem ao companheiro”, explicou Falcone, acrescentado que boa parte das ocorrências são resolvidas na própria delegacia.

A cabeleireira e travesti Samantta Soll, 42 anos, tomou um susto quando viu seu vizinho com uma arma apontada para ela. O episódio foi no mês de agosto, deste ano, quando ela e um amigo estavam chegando na casa dela. “No momento em que tudo aconteceu, eu não entendi nada. Só depois quando entrei em casa, em pânico, foi que eu percebi o risco que corri”, contou.

Samantha, ao entrar em casa, ligou para a polícia. Mas quando a viatura chegou ao local, o agressor negou tudo e afirmou que nem arma possuía. “Entrei com um processo contra ele, pois tinha meu amigo como testemunha. Nunca havia acontecido algo desse tipo comigo, me senti totalmente acuada por causa dessa situação”, disse.

O delegado Falcone afirmou que a Delegacia Especializada em Crimes Homofóbicos, criada a pouco mais de um ano, é uma conquista para os homossexuais. “Os homossexuais são um grupo muito vulnerável, assim como os idosos, as crianças e as mulheres. Eles sofrem agressões verbais, físicas e sexuais, tais como os demais grupos da sociedade, por isso também precisam ser assistidos”, ressaltou.

As Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam em defesa dos gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transgeneros (GLBTT) têm papel fundamental na luta contra, não só a agressão, mas também o preconceito. A ONG ‘Gayrreiros do Vale do Paraíba’ (GVP) atua, desde 2002, em defesa dos Direitos Humanos e cidadania dos homossexuais. Com sua sede em Itabaiana, 70 km da capital, a GVP trabalha conscientizando a sociedade do direito à liberdade de orientação sexual, e principalmente, no combate as manifestações de discriminação aos homossexuais.

JW Ferreira, coordenador da GVP, contou que a ONG promove palestras e seminários com o intuito de orientar os membros para os perigos das doenças sexualmente transmissíveis. “Procuramos atender o maior número de pessoas que tenha orientação sexual GLBTT que estão convivendo com HIV, DST e AIDS, para isso fazemos campanhas educativas e informativas para melhorar as condições de vida desse público”, explicou. O GVP, junto com o movimento GLBT, também desenvolve ações educativas em João Pessoa conscientizando a população contra o preconceito sexual.

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Jornal da Paraíba

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