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VIDA URBANA

Seguro desemprego: Ministério barra 143 pedidos fraudulentos na Paraíba em um ano

Se tivessem sido liberados, benefícios representariam um prejuízo mensal de R$ 815 mil aos cofres públicos.

Publicado em 27/12/2017 às 16:45 | Atualizado em 28/12/2017 às 9:03


                                        
                                            Seguro desemprego: Ministério barra 143 pedidos fraudulentos na Paraíba em um ano
Foto: Divulgação


				
					Seguro desemprego: Ministério barra 143 pedidos fraudulentos na Paraíba em um ano
Foto: Divulgação
Em um ano, um sistema de combate a fraudes no Seguro Desemprego identificou 143 requerimentos suspeitos na Paraíba, evitando o pagamento de R$ 815 mil ao mês em benefício fraudulentos. Em todo o país, o sistema bloqueou 52 mil pedidos, impedindo o pagamento indevido de mais de R$ 678 milhões. O número é o menor entre os estados nordestinos.

Há um ano, o combate às fraudes no Seguro Desemprego ganhou como aliado um sistema antifraude. Ele consiste em uma plataforma tecnológica que amplia a capacidade de identificação de requerimentos suspeitos para bloquear os pagamentos indevidos.

O Estado do Maranhão é o líder do ranking, com 16.427 pedidos bloqueados, seguido de São Paulo, que concentra a maior população do país, com 9.328 pedidos. Em terceiro lugar vem o Pará, com 3.363. Nos demais estados do Nordeste, foram bloqueados 2.988 pedidos em Alagoas, 2.044 na Bahia, 1.016 no Ceará, 465 em Pernambuco, 1.374 no Piauí, 366 no Rio Grande do Norte e 849 em Sergipe.

“Agora tudo mudou. Quando o ministério implantou o sistema antifraude, a auditagem passou a ser feita com a aplicação de soluções tecnológicas avançadas. Como já vimos, os resultados foram imediatos. Hoje, não só é possível estancar a sangria de recursos públicos desviados do Seguro Desemprego por quadrilhas, mas também podemos identificar os culpados”, explica o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Cruzamento de dados

O sistema cruza todas as bases de dados do Ministério do Trabalho, como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Receita Federal e Caixa Econômica. A partir desse cruzamento, filtros e análises são realizadas. As fraudes são comunicadas à Polícia Federal. Quem tiver o Seguro Desemprego bloqueado será comunicado e deverá procurar o Ministério do Trabalho. Existem casos em que o próprio trabalhador não sabe que seus dados foram utilizados por fraudadores.

O ministro lembra que as fraudes geram perda de recursos destinados a trabalhadores demitidos, que dependem do Seguro Desemprego até voltarem ao mercado. “Temos uma ferramenta revolucionária e inédita que permite, em tempo hábil, o bloqueio dos pagamentos indevidos relacionados a fraudes". Antes, quando se identificava um requerimento suspeito, não havia como impedir a liberação enquanto não se confirmasse a fraude. “O Seguro Desemprego existe desde 1986 e nunca se fez nada para combater as fraudes”, diz Ronaldo Nogueira.

Investimento

O ministério investiu R$ 78 milhões no desenvolvimento de todo o sistema antifraude. Segundo o diretor substituto do Departamento de Tecnologia da Informação do Ministério do Trabalho, Luiz Henrique Machado, os números das fraudes do Seguro Desemprego correspondem a apenas uma trilha de rastreamento. “A ferramenta global envolverá outros tipos de benefícios, como o seguro defeso, abono salarial, entre outros. Com todos os benefícios envolvidos, a estimativa é de que a economia chegue a R$ 3 bilhões”, afirma.

O sistema permite acompanhar todo o processo que vai desde o pedido do benefício até o pagamento feito pela Caixa. Ao todo, são analisados 700 mil requerimentos de Seguro Desemprego por mês. “Nota-se a queda na quantidade de requerimentos confirmados como fraudulentos desde o início de 2017, como resultado dos casos identificados pelo projeto e das ações realizadas pelo Ministério do Trabalho”, revela Machado.

A tecnologia utilizada combina inteligência artificial e estatística para detectar os pagamentos indevidos e as fraudes. A análise de dados está concentrada na Plataforma Analítica MicroStrategy. A solução também inclui funcionalidades e recursos tecnológicos que exigem tratamento de grandes volumes de dados, construindo uma Arquitetura de Informação (Big Data).

Imagem

Josusmar Barbosa

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