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VIDA URBANA

Ministério da Saúde muda de 33 para 32 cm medida de microcefalia

Nova medida visa agilizar os procedimentos clínicos, sem descuidar dos bebês que fizeram parte da primeira lista de casos notificados.

Publicado em 04/12/2015 às 15:36

O Ministério da Saúde adotou a partir desta sexta (4) a medida de 32 cm para a triagem e identificação de bebês possíveis portadores de microcefalia. O procedimento está de acordo com recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera esta a medida padrão mínima para a cabeça de recém-nascidos. Antes, eram considerados microcéfalos recém-nascidos com perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros

Até o dia 28 de novembro, o Ministério da Saúde havia recebido 1.248 notificações de casos suspeitos. Todos esses casos têm medida craniana igual ou inferior a 33 cm. Na primeira triagem desses casos suspeitos, muitos dos diagnósticos realizados precocemente e preventivamente já foram descartados.

A nova medida visa agilizar os procedimentos clínicos, sem descuidar dos bebês que fizeram parte da primeira lista de casos notificados. A classificação de casos fica organizada pelo Ministério da Saúde, a partir de agora, em 'casos notificados/suspeitos', 'casos confirmados' e 'diagnóstico descartado'.

Perímetro cefálico
O perímetro cefálico varia conforme a idade gestacional do bebê. Assim, na maioria das crianças que nascem após nove meses de gestação, o perímetro de 33 cm é considerado normal para a população brasileira, podendo haver alguma variação para menos, dependendo das características étnicas e genéticas da população.

O crânio é formado por uma série de ossos. Nos recém-nascidos e nas crianças menores eles não estão totalmente unidos, permitindo que a caixa craniana cresça durante o desenvolvimento do bebê. A cabeça das crianças recém-nascidas tem moleiras e suturas, que são áreas livres para o crescimento dos ossos. Quando isto não ocorre, podem surgir casos de microcefalia ou outras anomalias.

Por esta razão, após o parto, a cabeça das crianças é sempre medida, permitindo que o pediatra identifique, precocemente, se há algum problema. O perímetro da cabeça da criança continuará sendo medido ao longo da sua infância.

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Jornal da Paraíba

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