VIDA URBANA
Moradores sofrem, mas plebiscito não tem data
População de Jenipapo espera para saber a que município pertence. Divisão só atrapalha.
Publicado em 13/01/2013 às 14:00
“O distrito de Jenipapo deve ser desmembrado”; em caso afirmativo, “a qual município deve ser anexo: Campina Grande, Lagoa Seca ou Puxinanã?” Estas são duas perguntas que não saem da cabeça dos moradores do Jenipapo, área separada geográfica e politicamente entre as cidades citadas e que dividem os serviços oferecidos à população que acredita que, após a unificação a apenas uma prefeitura, o local ganhará melhorias por parte do poder público.
Com os serviços de Saúde e Educação divididos entre as prefeituras de Lagoa Seca e Puxinanã, exceto a presença da Escola Estadual Severino Pedro do Nascimento, os moradores apontam que a divisão dos serviços segrega o atendimento à população. De acordo com a funcionária pública Zuleide Nascimento, 41 anos, por exemplo, só é atendido na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) quem reside na área onde a mesma está localizada.
“Quem mora do lado de Puxinanã é atendido no posto que fica mais próximo. Já quem mora do lado de Lagoa Seca tem que se dirigir até a zona rural para ser atendido. A não ser que a pessoa consiga na base da amizade, aí ela é atendida mais perto. Essa divisão é ruim, a gente acaba não pertencendo a ninguém. Se fosse decidido pelos moradores a quem o distrito pertencesse, todo mundo acredita que seria melhor”, disse a funcionária.
Essa possibilidade foi levantada no mês de maio do ano passado quando um plebiscito organizado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) chegou a ser cogitado. Sendo realizado, a população seria ouvida se aceitaria que o local fosse desmembrado. Se a resposta fosse “sim”, a qual das três cidades os moradores preferiam que ficasse responsável pela gestão da área. “Há muito tempo que se fala nesse plebiscito, mas ninguém confirmou nada e até hoje a gente sofre com muitos problemas”, disse o aposentado Geraldo Gomes, 73 anos.
E o campeão desses problemas é a situação da estrada que liga Campina Grande ao distrito. Sem asfalto e com a presença de inúmeros buracos que estão sendo agravados pelo tráfego de caminhões caçamba que passam pelo local para chegar até o aterro sanitário construído em Puxinanã, no Agreste, a rodovia se transformou no grande clamor dos moradores que afirmam que quando chove, o local fica intransitável.
“É lamentável essa estrada ainda não ter sido concluída. A poeira que entra nas nossas casas, e ainda o perigo dos caminhões de lixo passando por aqui é grande. E quando chove então? Só passa quem estiver em carro grande ou tiver muita coragem”, apontou Geraldo.
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