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VIDA URBANA

Morre no hospital criança de 10 anos baleada no rosto em João Pessoa

Ela estava com quadro grave desde que foi baleada, na segunda (20).Polícia acredita em acidente.

Publicado em 23/02/2017 às 12:05

Morreu no hospital, na manhã desta quinta-feira (24), a criança de 10 anos que foi baleada no rosto, no Jardim Planalto, em João Pessoa. A morte foi confirmada em boletim divulgado pelo Hospital de Emergência e Trauma da capital. A principal linha de investigação da Polícia Civil é que a menina foi baleda acidentalmente pela irmã de 14 anos.

A criança estava internada com quadro clínico grave desde a segunda-feira (20), quando foi baleada. O tiro atingiu o rosto da menina, ao lado do nariz, e saiu pela parte de trás da cabeça. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A mãe da criança não acredita na tese de acidente. Segunda ela, o tiro foi efetuado pelo cunhado da vítima, que morava com a irmã dela e agredia constantemente a namorada. "Ela [a terceira filha, namorada do jovem] disse: 'eu não quero morar com ele mais não porque ele deu uma pisa (sic) em mim, ele botou uma arma na minha cabeça. Ele queria me matar. E eu não quero morar mais com ele", afirmou a mulher, que não quis se identificar. Ainda de acordo com ela, ele não aceitava que a garota quisesse se separar.

O delegado da Infância e da Juventude, Gustavo Carleto, confirma as informações prestadas pela mãe da criança, mas diz que ainda não há uma suspeita oficial sobre o rapaz. "A linha mais forte é a de que foi um acidente, mas estamos analisando tudo, se há outra situação", declarou. Apesar disso, o adolescente vai responder pelo crime de porte ilegal de arma. Já a irmã da criança, que teria manuseado o revólver na frente dela, foi autuada por tentativa de homicídio. Os dois foram apreendidos.

À polícia, o rapaz afirmou que a namorada dele, a irmã mais velha da menina ferida, tinha fugido da casa onde moravam após uma briga. "Segundo ele, a família sabia que ele andava armado. Ele estava procurando ela e, para a família não achar que ele ia tentar matá-la, pediu para o irmão das meninas esconder o revólver na casa delas", detalha o delegado.

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Jornal da Paraíba

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