icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

MP investiga denúncia de cartel entre médicos no Regional de CG

Médicos anestesiologistas e ortopedistas do Hospital Regional de Campina Grande prometem suspender atendimento a partir desta quarta-feira (8).

Publicado em 08/12/2010 às 9:30

Alberto Simplício e João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba

A paralisação dos 21 médicos anestesiologistas do Hospital Regional Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, juntamente com a dos ortopedistas, que prometem suspender o atendimento a partir desta quarta-feira (8), vai colocar em risco a rede de urgência e emergência da região. Com o encerramento das atividades desses profissionais, de acordo com o diretor do Regional, médico João Menezes, o serviço prestado pelo hospital está totalmente comprometido.

Na terça-feira (7) pela manhã, o presidente do Conselho Municipal de Saúde campinense, Sílvio Alves, denunciou a existência de um suposto cartel por parte dos médicos. A promotora da Saúde campinense, Adriana Amorim, informou que vai investigar a denúncia.

Na manhã de ontem, a promotoria da Saúde também ingressou na Justiça com uma ação civil pública pedindo a contratação imediata de profissionais para realizarem o atendimento no hospital. “Vamos sim apurar a denúncia de cartel feita pelo Conselho, e solicitar que a entidade nos apresente isso por escrito”, adiantou Adriana Amorim.

O Hospital Regional ainda está com cinco de seus dez leitos interditados pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) e pelo Ministério Público, semanas atrás. O diretor da unidade, médico João Menezes, disse que já comunicou ao Serviço Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Ministério Público da Saúde sobre a decisão dos anestesistas, que entregaram à direção uma escala, na qual o último dia de trabalho este ano seria no último domingo.

“O comunicado foi para informar que não estamos realizando atendimento de emergência, e que, portanto, os hospitais conveniados ao SUS devem se responsabilizar pelo atendimento”, explicou. Segundo Menezes, a alegação dos profissionais é a insegurança gerada pela mudança de governo.

“A eleição já passou, não dá mais para encarar as situações dessa forma. Eles não podem simplesmente parar porque acreditam que não receberão a produtividade do mês de dezembro, que será paga pela próxima administração”, argumentou. A suspensão dos serviços dos anestesiologias pode ter sido responsável pela morte de Mayana Beatriz Silva, de um ano, enterrada ontem em Campina Grande sob clima de comoção.

Para o Conselho Municipal de Saúde, estaria havendo um movimento de carterização por parte dos profissionais médicos. “O que está acontecendo é que estamos nas mãos de uma cooperativa que está fazendo negociatas em um verdadeiro cartel. Eles ameaçam os que chegam na cidade e precisamos enquanto sociedade reagir. É muito grave o momento que estamos vivendo. Estamos à margem de uma paralisação geral e o que acontecerá?”, indagou Sílvio Alves.

De acordo com a direção do Hospital Regional, “os pagamentos vinham sendo honrados. Inclusive a produtividade referente ao mês de novembro, que equivale a uma despesa de R$ 211.500 já está sendo encaminhada para a Secretária Estadual de Saúde. Cada anestesiologistas recebe por cada plantão de 12 horas R$ 1.500, valor que era de pouco mais de R$ 700 quando era feito via cooperativa”, assinalou João Menezes. Ele também afirmou que o mesmo acontece com os ortopedistas, que neste mês de novembro geraram uma despesa de R$ 226.860.

Uma liminar emitida em outubro pelo Ministério Público determina que os hospitais conveniados ao SUS, como a Clipsi, o Pedro I e o Antônio Targino atendam a demanda prejudicada pela paralisação dos atendimentos no Regional. De acordo com o presidente do Sindicato dos Hospitais Privados de Campina Grande, médico José Targino, essa liminar na prática não tem como funcionar, pois não há como obrigar as unidades a atenderam os pacientes depois que a cota de atendimento através do SUS for atingida.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp