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VIDA URBANA

MPPB vai apurar caso das pedras espalhadas nas areias do Cabo Branco

Hipóteses são a falta de manutenção nos gabiões ou problemas relacionados à barreira do Cabo Branco.

Publicado em 21/07/2020 às 17:56 | Atualizado em 22/07/2020 às 7:37


                                        
                                            MPPB vai apurar caso das pedras espalhadas nas areias do Cabo Branco
Foto: Divulgação/MPPB

				
					MPPB vai apurar caso das pedras espalhadas nas areias do Cabo Branco
Foto: Divulgação/MPPB. Foto: Divulgação/MPPB

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) vai apurar o caso referente às pedras espalhadas na faixa de areia da praia do Cabo Branco, em João Pessoa. O promotor Carlos Romero Paulo Neto e o engenheiro ambiental Caio Sampaio vistoriaram o local, constatando danos causados à paisagem urbana. O inquérito civil que foi aberto, segundo o MPPB, investigará o que causou o fato e tentará buscar possíveis reparações.

A atividade realizada na manhã desta terça-feira (21) também teve a presença de moradores da área, representantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a secretária de Infraestrutura da Prefeitura de João Pessoa, Sachenka da Hora e o coordenador da Defesa Civil Municipal, Noé Estrela.

“Por parte do Ministério Público, houve a constatação do fato, configurando-se, inclusive, prejuízos paisagísticos, em face da alteração da característica de praia predominantemente arenosa, e também urbanísticos, tendo em vista a afetação do aproveitamento da área por banhistas em razão dos obstáculos pedregosos”, disse o promotor Carlos Romero Paulo Neto.

Possíveis causas

Com relação às causas, segundo o promotor, a primeira hipótese investigada e defendida pelos representantes da Prefeitura de João Pessoa, é a de que o espalhamento das pedras aconteceu por causa da ruptura de gabiões existentes no local, por falta de manutenção regular. A outra hipótese, bem mais grave, é a de que o fato teria ligação com a perda de sedimentos de areia, provocando um rebaixamento do relevo e danos no solo.

“Esta última hipótese implica apurar-se possível relação do fato com a obra pública de contenção da erosão da barreira do Cabo Branco, realizada pela Prefeitura de João Pessoa nas proximidades do local e que pode ter afetado a dinâmica das marés, a ponto de interferir na reposição natural dos sedimentos de areia na localidade”, falou o promotor.

Em entrevista ao JPB1, da TV Cabo Branco, a secretária de Infraestrutura de João Pessoa, Sachenka da Hora, informou que será publicado um documento sobre a situação da praia de Cabo Branco com dados levantados nesta terça-feira (21), mas adiantou que as pedras na faixa de areia não possuem relação com a barreira do Cabo Branco.

Ainda segundo a secretária, durante a inspeção foi visto que os gabiões colocados na praia estão com aberturas, e também será feito um estudo para a retirada do material da faixa de areia.

Imagem

Raniery Soares

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