VIDA URBANA
MPT quer interdição de centro comercial
Audiência pública será realizada com representantes da Prefeitura de João Pessoa e com os vendedores que trabalham no local.
Publicado em 07/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 13:18
O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu a interdição imediata do Centro Comercial de Passagem (CCP) de João Pessoa, no Centro da capital. De acordo com o MPT, problemas nas instalações elétricas e estrutura física do ponto comercial podem colocar em risco a vida de usuários e comerciantes.
A Justiça do Trabalho agendou para a próxima terça-feira, na 7ª Vara, a partir das 14h, audiência com representantes da prefeitura, dos vendedores que trabalham no local e MPT para discutir a questão.
O secretário de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa, Assis Freire, informou que apesar de ainda não ter recebido notificação oficial da audiência, vai participar da reunião. O secretário garantiu ainda que serão tomadas todas as medidas cabíveis para evitar a interdição do CCP.
“Nós já temos um projeto para reforma do CCP, ele integra o complexo de reforma da Lagoa, contudo, situações emergenciais devem ser corrigidas. Vamos discutir com o MPT as ações que podem ser realizadas”, afirmou.
O MPT move desde 15 de julho de 2009 uma ação civil pública pedindo providências para melhoria da infraestrutura do CCP. Na ocasião foi dado o prazo de 45 dias para o município realizar a revisão geral nas instalações elétricas do CCP para eliminar os riscos de choques elétricos e de incêndios no local.
A prefeitura ingressou com recurso, alegando que a Justiça do Trabalho não teria competência para julgar o tema.
O Tribunal Regional do Trabalho e até o Tribunal Superior do Trabalho não acataram a justificativa da prefeitura. Após o resultado, o MPT pediu a realização de uma nova fiscalização para identificar a situação estrutural do Centro Comercial de Passagem na atualidade.
Após nova inspeção, o auditor do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Bombeiros identificaram o risco de choque elétrico e princípio de incêndio no local. Atualmente, mais de 280 vendedores ambulantes trabalham no local.
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