icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

No aniversário da cidade, Paraíba1 conta histórias de pescador

Em comemoração aos 424 anos da cidade de João Pessoa, a equipe do portal Paraiba1, realizou uma entrevista especial com um dos personagens que ilustram a orla de Tambaú: o pescador.

Publicado em 05/08/2009 às 7:29

Inaê Teles
Especial para o Paraíba1

Pensando em homenagear uma das profissões presentes há mais tempo em João Pessoa, no dia do aniversário da cidade o Paraiba1 entrevistou um dos pescadores mais antigos do Mercado de Peixe de Tambaú, Euclides da SIlva, que vai contar um pouco sobre seu dia-a-dia e ainda ensina a fazer uma deliciosa receita de pirão de peixe.

Euclides nasceu numa cidadezinha lá no Rio Grande de Norte, que tem um nome curioso, Canguaretama, que fica a 18 Km da praia mais próxima. Por gostar muito do mar, o pescador resolveu vir para João Pessoa e depois de 40 anos morando na Capital já se considera um pessoense genuíno.

Logo cedo aprendeu o ofício com um dos primos. “Comecei a trabalhar pra uma empresa que nem existe mais, trabalhei 21 anos com a pesca. Agora eu estou só vendendo peixe aqui no mercado. Continuo perto do mar e dos peixes. Gosto muito de peixe, por mim comeria três vezes por dia.”, conta Euclides.

Seu Euclides relembra com muito orgulho do tempo que pescava, “acordava de 1h30 da madrugada e saía de porta em porta chamando os outros pescadores. A gente passava quatro dias no mar.” Nesse período Euclides e os seus três amigos se alimentavam apenas de peixe e água. Atualmente as condições de trabalho estão melhores, arroz, feijão e carne fazem parte do cardápio durante os dias que passam no mar.

Quando dormiam, um pescador sempre ficava acordado para evitar encontros com navios e transatlânticos. Bebida alcoólica não fazia parte do cardápio. “Imagine só quatro homens bêbados, num barco pequeno, morria tudinho", brincou.

Durante os últimos anos, muitas mudanças aconteceram na cidade e no ofício de Euclides também. Hoje os pescadores são mais capacitados e mais organizados, inclusive na hora do pagamento que antigamente chegavam a esperar semanas para receber.

“As pedras não param, imagine o homem”

Euclides já viajou bastante por conta da vida de pescador. “Já passei pelo Rio Grande do Norte, Pernambuco, Pará, Rio Grande do Sul e até pelas ilhas de São Pedro e São Paulo, onde o avião da Air France desapareceu. Se as pedras não param imagine o homem”, afirma Euclides.

Com todos os perigos e estórias de criaturas do mar, Euclides só teve medo uma vez durante o período de trabalho. Os quatro pescadores passaram três dias à deriva na Baia da Traição, no Rio Grande do Norte. Eles já estavam ficando sem água e com muito medo. Euclides manteve a calma enquanto dez barcos estavam fazendo a busca dos pescadores que foram encontrados por conta da bandeira vermelha hasteada, que significa perigo.

A barraca de Euclides funciona de terça a domingo, das 5h30 às 12h30, no mercado de peixe, em Tambaú. O quilo do pescado varia entra R$ 10 a R$ 30. Mais vá com tempo para aprender alguns pratos com Euclides.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp