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VIDA URBANA

Número de suicídios de homens em João Pessoa é 4,5 vezes maior que o de mulheres

Secretaria divulgou números e explicou como é feito o atendimento neste setor na capital paraibana.

Publicado em 14/09/2019 às 7:00 | Atualizado em 14/09/2019 às 14:10


                                        
                                            Número de suicídios de homens em João Pessoa é 4,5 vezes maior que o de mulheres
Foto; Sesc/Divulgação

				
					Número de suicídios de homens em João Pessoa é 4,5 vezes maior que o de mulheres
Números foram apresentados pelo secretário de Saúde de João Pessoa (Foto: Ivomar Gomes Pereira/Divulgação).. Ivomar Gomes Pereira.

A taxa de mortes por suicídio em João Pessoa subiu de 3,5 por 100 mil habitantes em 2013 para 5,1 em 2018. Em números absolutos, foram 166 casos no período, sendo 136 homens e 30 mulheres.

Do total de homens que se suicidaram neste período, 41,6% estava na faixa etária de 30 a 49 anos, enquanto 34,72% tinham 50 anos ou mais e 22,22% estavam na faixa de 10 a 29 anos de idade. Entre as mulheres, 50% tinham de 30 a 49 anos, 29,41% estavam com 50 anos ou mais e 20,59% tinham de 10 a 29 anos de idade.

Apenas no primeiro semestre deste ano, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de João Pessoa já atenderam 199 casos de pessoas que tentaram suicídio. O número é maior do que os atendidos nos doze meses do ano passado, quando foram 124 casos.

Rede de atendimento

Os dados foram apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde na terça-feira (10), em um evento alusivo à campanha Setembro Amarelo, iniciativa que trabalha a prevenção ao suicídio. De acordo com o secretário de Saúde, Adalberto Fulgêncio, a rede municipal tem realizado diversas ações para diagnóstico de doenças e prevenção ao suicídio.

“Nossa rede está articulada e preparada para receber esses casos e trabalhar a prevenção. Realizamos qualificação para notificação compulsória das tentativas de suicídio, capacitação dos profissionais das secretarias de saúde, educação, habitação e limpeza urbana, sistematização de dados como meio para estabelecer estratégias de prevenção ao suicídio, intensificamos a prevenção ao suicídio nas escolas e condomínios residenciais, definimos fluxo de atendimento e os serviços de referência para tratar os tentantes”, afirmou.

“A preocupação é também pela identificação da diminuição da faixa etária, são crianças e adolescentes que por algum motivo entram para a estatística. Por exemplo, em 2018 foram 20 casos de crianças e adolescentes que tentaram suicídio, enquanto que só no primeiro semestre deste ano foram 81 casos, todos atendidos e assistidos no Caps Cirandar”, destacou o secretário de Saúde.

Serviço

O fluxo de atendimento para os casos de tentativa de suicídio é composto por uma rede integrada. O primeiro atendimento, que é a estabilização do paciente, pode ser realizado pelo Corpo de Bombeiros, Samu, Centro de Valorização da Vida (CVV), Pronto Atendimento em Saúde Mental (Pasm), pronto atendimento de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde (UBS)

O atendimento diagnóstico é realizado no Caps Cirandar, para crianças e adolescentes até 18 anos de idade, e no Caps Caminhar para pessoas com mais de 18 anos. Já o tratamento também pode ser realizado nos Caps, assim como hospitais, policlínicas e unidades básicas de saúde.

Setembro Amarelo

O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado na terça-feira, foi criado em 2003 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já o ‘Setembro Amarelo’ é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, que acontece desde 2015 por iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O objetivo é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão.

Imagem

Jhonathan Oliveira

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