VIDA URBANA
Obras de escola que viralizou com vídeo de infiltrações 'se arrastam' desde 2012
Fortes chuvas dos últimos dias aumentaram os problemas no local, conforme denúncias da comunidade.
Publicado em 09/05/2017 às 18:00
Após as fortes chuvas da segunda-feira (8), as condições estruturais da Escola Municipal Duarte da Silveira, no bairro Costa e Silva, em João Pessoa, ficaram comprometidas. Infiltrações e alagamentos foram os principais problemas verificados na escola nos últimos dias. Apesar disso, segundo membros da comunidade, as condições precárias já existem há cerca de quatro anos e se intensificaram desde 2016. Fotos e vídeos mostrando os danos estruturais da escola viralizaram nas redes sociais nesta semana.
Durante esta terça-feira (9), a situação continou atrapalhando o andamento das aulas e os trabalhos dos demais funcionários. Além dos quadros que caíram e estão suspensos em cadeiras, as goteiras que circulam ao lado da rede elétrica causam risco à segurança dos alunos e profissionais. As informações foram confirmadas por uma moradora do bairro Costa e Silva, que é mãe de um aluno.
Segundo a mulher, que preferiu não se identificar, a direção informou que uma reforma está para ser feita desde 2012. “Disseram que houve problema com negócio de licitações e com a empresa da obra, e até agora nada”, disse.
A reforma, que se arrasta desde 2012, foi confirmada pela direção da escola. Conforme Otaviano Ferraz, diretor adjunto da escola, a instituição passava por reformas, mas por problemas em licitações a empresa abandonou a obra. “Estamos aguardando a volta de uma construtora. Já houve licitação e uma nova empresa ganhou. A gente espera que chegue rápido”, contou.
Além das questões em sala de aula e em outros ambientes internos, a quadra da escola não tem piso, o que inclusive já provocou acidentes com alunos. Com isso, aulas práticas e eventos não vêm acontecendo no local. “A situação da educação está caótica em João Pessoa. E ainda tem a falta de segurança e as condições de trabalho do pessoal”, disse a mãe.
Em relação à segurança dos estudantes, o diretor adjunto Otaviano Ferraz destacou que não houve registros de acidentes e que a escola vem se preocupando "com o bem-estar de todos os alunos e profissionais".
“Quando há chuvas fortes, eu dispenso [as aulas], porque inunda na frente, na parte do pátio, nas entradas, fica ruim de chegar. Não tem escoamento, mas na reforma vão consertar”, afirmou Ferraz, complementando que "há infiltrações onde a água chega a escorrer pelas paredes, em cerca de duas salas".
Para repercutir o caso, a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato a secretária de educação de João Pessoa, Edilma da Costa Freire, com a assessoria da Secretaria de Educação e com o diretor de Gestão Curricular, Gilberto Cruz. Apesar disso, nenhuma das ligações foram atendidas.
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