VIDA URBANA
Obras em casarões do Centro Histórico da capital não saem do papel
Projeto Moradouro previsto para começar este mês no Centro Histórico ainda não tem data.
Publicado em 24/03/2015 às 6:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 13:04
As obras anunciadas no início deste ano para a execução do projeto para os oito casarões históricos da rua João Suassuna, na 'cidade baixa', no Centro Histórico de João Pessoa, previstas para este mês, ainda não foram iniciadas. Segundo a Secretaria Municipal de Habitação (Semhab), a parte interna dos imóveis seria transformada em 17 apartamentos e seis pontos comerciais, mas no local não há nenhuma ação de intervenção, nem mesmo homens trabalhando.
A edição do JORNAL DA PARAÍBA do último dia 16 de janeiro publicou informações detalhadas sobre o projeto 'Moradouro', como a manutenção das fachadas dos casarões com características de arquitetura Art Déco e Art Nouveau, investimento total de R$ 3 milhões, com recurso do governo federal e contrapartida da prefeitura e ainda a expectativa da Semhab de que até dezembro deste ano as moradias já estivessem ocupadas.
No entanto, diferentemente do anunciado, a prefeitura sequer colocou as estruturas metálicas no interior dos casarões, como sustentação, para que as ruínas dos imóveis não comprometessem a realização das intervenções, previstas para este mês.
Para quem trabalha próximo ao local, ou passa diariamente por ele, a realização do projeto 'Moradouro' transformaria a área do Centro Histórico em polo turístico, econômico e de grande movimentação, como afirmou o vendedor de uma loja que fica de frente para os antigos casarões, Adalberto Ferreira, 41 anos. “Faz tempo que ouço falar nesse projeto. Já mudou gestão e passou de uma para outra, mas ainda não saiu do papel. Se realmente for feito o que eles (prefeitura) disseram, vai trazer mais movimentação para essa área, o que vai ser bom para todos que tem e terão comércio por aqui”, opinou.
A diarista Edivânia Maria, 32 anos, mora em Cabedelo e trabalha em João Pessoa. Ela desce na estação de trem, no Varadouro, e passa na frente dos casarões todos os dias. Segundo ela, quando o projeto for concluído irá oferecer mais segurança. “Por aqui tem muitos homens trabalhando, até por conta dessas oficinas, e nós, mulheres, não nos sentimos muito seguras porque essa área é morta, com esses prédios fechados. Com comércio e moradias, vou poder passar por aqui com mais tranquilidade”, disse.
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