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VIDA URBANA

Onda de assaltos em Bodocongó leva estudantes a mudar hábitos

Com medo da violência, os estudantes da UFCG, localizada no bairro de Bodocongó, estão abdicando do direito de utilizarem celulares e aparelhos eletrônicos nas ruas que dão acesso aos locais de ensino.

Publicado em 23/11/2008 às 9:07

João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba


Com medo da violência, os estudantes de instituições de ensino técnico e superior de Campina Grande, localizadas no bairro de Bodocongó, estão abdicando do direito de utilizarem celulares e aparelhos eletrônicos sofisticados nas ruas que dão acesso aos locais de ensino. O pesquisador Nazareno Andrade, de 26 anos, natural de João Pessoa, e ex-aluno do doutorado do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), contou que andar com pouco dinheiro no bolso já é uma rotina. “A gente tem medo. Hoje tenho um celular barato esperando perdê-lo, não ando com muito dinheiro. Vira parte da rotina da gente ficar com medo”, comentou Nazareno, que já foi assaltado uma vez por uma dupla armada.

Há seis anos morando na cidade, Nazareno tem medo que possa ser vítima de outros incidentes violentos e pretende deixar a cidade no final deste ano. “A universidade é um atrativo forte, mas quando você pesa a qualidade de vida em Campina, a pior coisa é a segurança”, admitiu. O mesmo tipo de assalto praticado contra o Nazareno também já foi vivenciado por vários estudantes do campus. Ao chegar à universidade é fácil se deparar com pessoas que fazem os mesmos relatos. O mestrando de Ciência da Computação João Arthur Brunet Monteiro, 24 anos, e o aluno do doutorado de Engenharia Elétrica Gláuber Vinícius Ventura de Melo, 25 anos, são exemplos dessa realidade.

Cada um deles já foi assaltado pelo menos uma vez ao passarem pelos arredores da UFCG e guardam na memória momentos de pânico e medo. De acordo com os estudantes, os assaltos acontecem muitas vezes à luz do dia e são praticados por homens que utilizam facas, revólveres e até mesmo motocicletas para efetuarem as abordagens.

“Recentemente foram duas vezes. A primeira vez eu vinha descendo de casa para cá, 9h, e o bandido me abordou de bicicleta armado e pediu para entregar o celular. Na segunda vez eles pediram para entregar o celular e o dinheiro da carteira. Todo mundo que mora aqui atrás já foi assaltado ou conhece alguém que foi”, confessou João Arthur, que reside na Rua Antônio Joaquim Pequeno, localizada em frente à UFCG, no bairro de Bodocongó.

Mas a violência não se resume apenas aos alunos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Os bandidos também atacam estudantes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e da Escola Técnica Redentorista (ETER), localizadas no mesmo bairro. Nas três instituições, segundo dados levantados, aproximadamente 17 mil jovens estudam todos os dias nos três turnos e permanecem expostos à ação dos marginais na hora da saída ou chegada nos campi.

De acordo com um dos coordenadores do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UEPB, Wilton Maia, muitos estudantes da instituição têm sido vítimas de assaltos e foram obrigados a fazer um abaixo-assinado para reivindicar mais segurança nas proximidades do campus. “Entre agosto e setembro deste ano, mais de duas mil assinaturas foram colhidas, com isso tentamos chamar atenção das autoridades. A polícia tem feito rondas, mas estudantes continuam sendo alvo dos bandidos”, afirmou.

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Jornal da Paraíba

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