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VIDA URBANA

Pais cobram melhorias para a Escola

Pais dos alunos denunciam falta de equipamentos de escritório até ausência de merenda escolar e água para beber na Esba. 

Publicado em 03/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 16:19

A Escola de Educação Básica (Esba) que funciona na Universidade Estadual da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, para os filhos dos professores, funcionários e alunos da instituição, bem como da comunidade próxima, está enfrentando sérios problemas que vão desde a falta de equipamentos de escritório até ausência de merenda escolar e água para beber. Os pais dos alunos denunciam falta de comprometimento da reitoria e cobram melhorias.

Na cozinha da escola, os garrafões de água vazios ocupam os lugares das panelas em cima do fogão desativado. Atualmente, 220 alunos dos ensinos infantil e fundamental estão matriculados na Esba, onde atuam 12 professores, oito estagiários e dez servidores.

Quanto à infraestrutura, não há problemas, no entanto, falta impressora, merenda e água, segundo Soraia Correia, mãe de dois alunos da escola. “Há uma semana, os alunos e professores estão sem água mineral para beber e nós, pais, fizemos um acordo para cada um dar R$ 1 para comprar água até que o problema seja solucionado. A escola também está sem merenda, pois a cozinha foi desativada por falta de condições de funcionar. Como não tem impressora, os professores fazem as xerox das tarefas com o próprio dinheiro”, denunciou.

Soraia acrescentou que no ano passado, houve quatro reuniões com a reitora da UFPB, Margareth Diniz, que prometeu diversas melhorias para a escola, mas que até o momento não as cumpriu.

A manutenção da escola está sob a responsabilidade do Centro de Educação (CE) e segundo o diretor, Wilson Aragão, não há verba específica do Ministério da Educação (MEC) destinada para escola. “Atualmente, não temos recursos financeiros do MEC para a educação infantil, por isso estamos tentando transformar a Escola de Educação Básica em Colégio de Aplicação porque assim, quando a escola estiver totalmente legalizada junto ao MEC e demais órgãos da Educação receberemos recursos oficiais”, observou.

Para conseguir avançar para Colégio de Aplicação, o CE precisará superar algumas dificuldades. “Inicialmente, na reorganização da gestão da escola, tendo em vista uma maior articulação com o MEC, onde é necessário e fundamental o apoio da reitora, e que temos tido. Temos dificuldade em função da estrutura e da falta de recursos, pois a escola não tem orçamento e depende do Centro de Educação, que é um dos menores da UFPB”, disse o diretor do CE.

Sobre a falta de água e fechamento da cozinha, que resultou na falta de merenda, Wilson Aragão disse que tem conhecimento dos problemas e que em breve serão solucionados. “A empresa que ganhou a licitação para fornecer a água é de Aracaju (Sergipe) e atrasou a entrega, mas a pró-reitoria de administração está em contato com ela. Também estamos viabilizando a reabertura da cantina”, afirmou.

A diretora da Esba, Heberênia de Cássia, disse que manter a escola tem sido uma luta constante, entre pais, direção e reitoria, mas que “é preciso acreditar que a escola é um referencial e que trabalha com seriedade em fazer educação”.
Já a reitoria da UFPB informou que quem responde pelos problemas é exatamente o diretor do Centro de Educação, Wilson Aragão.

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Jornal da Paraíba

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