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VIDA URBANA

Paraíba ocupa terceiro lugar no ranking de crimes contra mulher

Do mês janeiro deste ano até junho, 21 mulheres foram vítimas de homicídio em todo o Estado. Na primeira quinzena do mês foram registrados quatro homicídios.

Publicado em 12/06/2010 às 13:03

Carol Queiroz
Do Jornal da Paraíba

A violência contra a mulher vem aumentando diariamente na Paraíba. Do mês janeiro deste ano até junho, 21 mulheres foram vítimas de homicídio em todo o Estado, que já ocupa a terceira colocação nacional nos casos registrados de violência contra a mulher. Somente na primeira quinzena do mês são contabilizados quatro homicídios.

Reunidas no Ponto de Cem Réis, na capital, em meio a um conjunto de 21 cruzes espalhadas pelo chão, com nomes das vítimas de homicídios neste ano, mulheres de várias entidades como Cunhã, Centro da Mulher 8 de Março, Rede de Mulheres e das Secretarias de Defesa da Mulher da Prefeitura Municipal de João Pessoa e do Estado, se uniram aos amigos e familiares das vítimas, como Aryane Thaís Carneiro de Azevedo (foto), de 22 anos, assassinada no dia 14 de abril, para protestar contra a violência.

“Não vamos parar de lutar. Eu estou me fortalecendo a cada dia para lutar por justiça. Não só por minha filha e meu neto, que ela carregava, mas também por todas essas mulheres representadas nestas cruzes”, afirmou Hipernestre Carneiro, mãe de Aryane.

Segundo uma das Coordenadoras da Rede de Mulheres em Articulação da Paraíba, Terlúcia Silva, serão promovidos protestos todo dia 11 de cada mês até o fim do ano. “A violência contra a mulher acontece, porque é legitimada pela sociedade machista. Na Paraíba, precisamos de um juizado especializado em crimes contra a mulher. Em um Estado com 223 municípios não é possível que só existam oito delegacias especializadas, cuja aparelhagem está defasada”, declarou.

De acordo com Terlúcia, o objetivo do protesto é fortalecer o movimento em favor das mulheres e sensibilizar a sociedade de que esse é um problema social. “O protesto é para chamar a atenção das organizações públicas para a aplicação mais rigorosa da lei”, garante.

Protesto quer sensibilizar a sociedade de que violência contra a mulher é um problema social (Foto: Francisco França)

A delegada-adjunta da Delegacia Especializada da Mulher de João Pessoa, Tereza Nogueira, também comunga com a ideia. “Nós trabalhamos muito em prol das mulheres, mas nem sempre as denúncias apuradas resultam em punição definitiva. Infelizmente, os flagrantes são poucos. E as denúncias ainda são escassas. Precisamos de leis mais rigorosas”, explicou Tereza.

No Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, da Prefeitura de João Pessoa, já foram atendidas 1.161 mulheres desde a inauguração em 2007. No ano passado, uma média de 40 novos casos ao mês foi registrada e 481 mulheres procuraram ajuda através do telefone 0800-283-3883.

Este ano, de janeiro a maio, o Centro registrou mais 128 casos de mulheres que sofreram algum tipo de violência. O Centro de Referência da Mulher funciona na avenida Afonso Campos, 191, Centro, e atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

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Jornal da Paraíba

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