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VIDA URBANA

Paraíba registra 2,1 mil denúncias de tráfico de pessoas em 6 anos

Número consta em relatório do Ministério da Justiça que revela rotas de exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes. PB é sexto lugar no ranking do Nordeste.

Publicado em 16/11/2010 às 8:00

João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba

Em seis anos, de 2003 a 2009, a Paraíba registrou 2.137 denúncias de casos de tráfico de pessoas. O número consta em um relatório divulgado esta semana pelo Ministério da Justiça, que traça um perfil do tráfico de seres humanos no país e revela rotas usadas por criminosos para explorar sexualmente, no trabalho ou em outras modalidades, crianças, adolescentes, mulheres e homens adultos. As denúncias paraibanas ocupam o sexto lugar no ranking do Nordeste.

Em primeiro aparecem os casos relatados na Bahia, com 11. 348 denúncias. Em seguida estão os Estados do Ceará (6.608), Pernambuco (6.309), Maranhão (6.057) e Rio Grande do Norte (2.445). O objetivo do estudo é traçar metas e ações que deverão ser desenvolvidas nos próximos anos e que farão parte do ‘I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (2008 e 2010)’ do Ministério da Justiça.

O procurador regional do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Paraíba, Eduardo Varandas, considerou que o quantitativo de denúncias registradas no Estado se deve ao nível de conscientização e informação obtido por parte da população, em delatar os casos de exploração irregular de pessoas. “Nós temos feito muitas campanhas, que visam justamente a alertar para esse problema que é muito grave. E a população precisa continuar denunciando esses fatos”, observou.

Entretanto, ele fez um alerta quanto aos desdobramentos das denúncias. “É necessário saber, porém, se essas denúncias foram ou estão sendo apuradas pelo aparato policial. Como estão os inquéritos policiais e processos judiciais tratando desses casos”, discorreu Varandas, defendendo rigor nas investigações e ao mesmo tempo acrescentando que em alguns casos as denúncias acabam sendo ‘falaciosas’.

No mês de setembro deste ano, um paraibano da cidade de Serra Branca, no Cariri do Estado, denunciou à família que estaria sendo submetido a condições de trabalho semelhantes à escravidão, no município de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

A vítima teria sido levada por um pastor, enquanto trabalhava lavando carros na cidade de Soledade, e agredida no Sul do país ao tentar retornar à Paraíba. O caso, que ainda está sendo apurado pela Polícia Federal e Ministério Público do Trabalho pode terminar com o indiciamento de familiares do pastor por suposta prática de trabalho irregular. “Há indícios sim e a família do pastor está sendo investigada. Mas a princípio se pensava que o paraibano era menor de idade, mas ele já completou 18 anos”, afirmou Varandas, que acompanha o caso.

Já na semana passada, um grupo de 23 paraibanos da cidade de Patos, no Sertão do Estado, foi flagrado sendo transportados irregularmente nas rodovias federais de Brasília. As suspeitas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) são de que os trabalhadores iriam ser submetidos ao trabalho pesado das lavouras do Centro-Oeste do país.

De acordo com o levantamento feito pelo Ministério da Justiça, 80% dos brasileiros e brasileiras deportados pela Espanha eram imigrantes ilegais relacionados a algum tipo de crime de tráfico de pessoas, especialmente destinados à exploração sexual. No caso dos paraibanos, a Europa e Estados localizados no Sul e Sudeste do Brasil são os destinos mais frequentes utilizados pelos aliciadores.

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Jornal da Paraíba

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