VIDA URBANA
Paraíba tem 1.761 pacientes na lista de espera por cirurgias e medicamentos
Demora na realização de cirurgias e a suspensão no recebimento de medicamentos são duas das principais demandas que geram ações.
Publicado em 23/01/2016 às 8:38
A demora na realização de cirurgias, como no caso do aposentado João Batista, de 59 anos, que veio a óbito na última terça-feira após sete meses de espera, e a suspensão no recebimento de medicamentos são duas das principais demandas de saúde que geram ações judiciais na Paraíba. Segundo o juiz titular da 1º Vara da Fazenda Pública de João Pessoa, Marcos Sales, ao todo 1.761 processos estão em tramitação judicial por demandas, em sua maioria, de pessoas de classes sociais mais baixas que sofrem com a eterna espera pelos serviços públicos de saúde.
Conforme o magistrado, é impossível detalhar o número específico de cada tipo de ação de saúde judicializada nem especificar de quais municípios elas provêm em sua maioria, contudo, ele informou que o destaque vai para casos mais graves, em que a população depende da oferta do serviço para, em muitos casos, continuar vivo. “Internação, cirurgia, disponibilidade de fármacos. Isso é o mais frequente. Se o Estado atrasa a dispensação de certo tipo de fármaco, de pronto cresce o aumento da demanda”, comentou.
Constituindo um advogado, por meio do Ministério Público ou da Defensoria Pública, mensalmente centenas de pessoas buscam auxílio para que o direito à saúde seja garantido. Ao todo, na Paraíba há nove comarcas especializadas, das quais seis estão localizadas na capital e três em Campina Grande, e nas 76 comarcas espalhadas pelo Estado os juízes também possuem essa competência.
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