VIDA URBANA
Patos: 652 ligações falsas em sete dias
As estatísticas de trotes para o Samu são altas em todo o estado, a esperança é que agora com a aplicação das multas haja redução.
Publicado em 08/12/2011 às 6:30
A prática de trotes para o Samu é um fenômeno que atinge todas as centrais de regulação existentes no Estado. Na cidade de Sousa, no Sertão, por exemplo, um único número de celular já incomodou os atendentes 48 vezes. O titular dessa linha agora está sujeito a não ser levado a sério no caso de uma necessidade.
Naquela regional, de acordo com Suélio Alves, supervisor administrativo, nos sete primeiros dias do mês de dezembro foram registrados quase dois mil atendimentos telefônicos, dos quais 652 foram caracterizados como trotes.
Em Campina Grande, o percentual de telefonemas falsos vem diminuindo nos últimos anos, mas a estatística permanece alta.
No ano passado, foram recebidas 99.867 ligações, das quais 42.385 (42%) foram trotes. Até novembro deste ano, foram 85.425 chamados, sendo desses 28.409 telefonemas falsos, o que representa uma média de 33% das ligações. O coordenador do Samu de Campina Grande, Antônio Henriques, espera que a nova lei possa contribuir para que as estatísticas sejam drasticamente reduzidas.
Em Patos, no Sertão, a central do Samu recebe uma média de 300 ligações diárias. Dessas, 100 são trotes. O coordenador do serviço, Pedro Augusto Dias, afirma que a maioria deles são efetuados por crianças. “Os pais, ao serem notificados a respeito do ato cometido por seus filhos, certamente serão mais firmes e obrigados a orientá-los a não mais ocuparem indevidamente a linha do Samu”, projeta.
Nas demais centrais sertanejas a situação não é diferente. A de Cajazeiras recebe uma média de 100 ligações. Quase metade delas são trotes. A coordenadora de Enfermagem, Benivalda Cartaxo, afirmou que muitas vezes os números são repassados à Polícia Militar ou os próprios atendentes retornam a ligação para alertar sobre as consequências de se ocupar indevidamente a linha. “Nossos atendentes muitas vezes são xingados ou obrigados a escutar situações impossíveis de estarem ocorrendo”, afirmou. (Alberto Simplício)
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