icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Patrimônio material da Paraíba, Teatro Santa Roza completa 126 anos

Espaço foi palco de importantes acontecimentos artísticos e históricos da Paraíba e foi fechado para reforma desde 2012. Plateia tem capacidade para 427 assentos.

Publicado em 02/11/2015 às 7:00

Patrimônio material da Paraíba, nesta terça-feira (03) o Teatro Santa Roza completa 126 anos de existência. O espaço foi palco de importantes acontecimentos políticos, históricos e culturais. Atualmente, o prédio passa por uma reforma, serviço que foi iniciado em 2012.

O espaço foi palco de importantes acontecimentos artísticos e históricos da Paraíba, como a assembleia que concebeu a bandeira do Estado, a sessão da Assembleia Legislativa que mudou o nome da capital estadual de Paraíba para João Pessoa – em homenagem ao então presidente (governador) assassinado em 26 de julho de 1930. Além disso, o prédio funcionou como cineteatro no período de 1911-1941.

A Fundação Joaquim Nabuco, entidade vinculada ao Ministério da Educação, informa que a pedra fundamental para a sua construção foi oficialmente lançada em 2 de agosto de 1852, por meio da Lei Provincial nº 549, durante o governo de Francisco Teixeira de Sá. A edificação ficou sob a responsabilidade da Sociedade Particular Santa Cruz, sendo suspensa em 1882, por falta de recursos financeiros.

A obra foi retomada durante o governo provincial de Francisco da Gama Roza, de onde vem o nome “Theatro Santa Roza”. Existe uma polêmica do “S” e do “Z” na grafia da palavra Roza. Uns defendem que deve continuar com Z por ter sido uma homenagem ao então governador Francisco da Gama Roza e outros, com S, que é a forma etimologicamente correta, proveniente do latim rosa. Há ainda quem defenda que o nome do político Gama Roza se grafava com ‘S’, como a historiadora Fátima Araújo, que lançou um livro sobre a história do Teatro. Atualmente, no entanto, a grafia da fachada segue com ‘Z’.

O espaço foi inaugurado no dia 3 de novembro de 1889, ocasião em que foi apresentado o drama “O Jesuíta - ou O Ladrão de Honra”, de Henrique Peixoto. Doze dias depois da inauguração do teatro, foi proclamada a República no país e Francisco da Gama Roza perdeu seu mandato.

Venâncio Neiva, o primeiro governante republicano da Paraíba, mudou o nome do local para “Teatro do Estado”, ato posteriormente revogado. O político João Pessoa, então candidato à vice-presidência do Brasil, quis mudar a sua localização por considerar aquela área, na época, marginalizada. Todavia, ele foi assassinado antes de conseguir executar o seu plano.

O edifício

O Teatro é um monumento representativo da arquitetura civil de seu tempo, tem estilo neoclássico com influência greco-romana. Para a construção das paredes foram utilizadas pedras calcárias e para os camarotes e revestimento interno, madeira do tipo Pinho de Riga – hoje considerada madeira nobre. Na época do Brasil Colônia e Império era usada como lastro de rolete em navios que vinham da Europa e descartada quando as embarcações chegavam ao cais do porto de destino, sendo reaproveitadas na construção civil.

Ao total, a área de recuperação no Teatro é de 2.243,22m². De acordo com a Suplan, o valor do investimento da primeira etapa foi de R$ 907.398,14, e na segunda, R$ 1.608.591,30, totalizando um investimento de R$ 2.515.989,44 no mais clássico teatro da Paraíba, quinto mais antigo do Brasil e patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep).
Adriana Pio, diretora do Santa Roza, explica que justamente pelo tombamento, com a reforma, não haverá mudança na capacidade de público ou alteração na estrutura da edificação do teatro. Porém, é um equipamento com ótima capacidade de atender a público e apresentações artísticas. A plateia está configurada com 427 assentos; sendo 224 dispostos nos camarotes dos dois pavimentos, 194 no térreo, três para deficientes físicos, três para obesos e três no camarote do governador do Estado.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp