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VIDA URBANA

PB registra mais de 2,3 mil casos de sífilis em gestantes e bebês desde 2011

Segundo a Secretaria de Saúde, doença está sendo mais diagnosticada, mas é detectada tardiamente.

Publicado em 13/10/2016 às 16:59

Mais de 2,3 mil casos de sífilis em gestantes e 1.382 casos de sífilis congênita foram registrados na Paraíba no período de 2011 até a 39ª semana epidemiológica de 2016, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). De acordo com o órgão, o número evidencia um crescimento da taxa de detecção da doença ao longo dos anos.

Considerando os 2.230 casos confirmados de sífilis em gestante, a taxa de detecção aumentou, passando de 5,2 casos por mil nascidos vivos em 2011 para 7,2 em 2015. Em 2016, foram notificados 291 casos, ou seja, 7,8 por 1.000 nascidos vivos.

Os municípios com maiores números de casos notificados no ano de 2014 foram João Pessoa e Campina Grande (em média de 50 a 62 casos por município), seguidos de Cabedelo (com 30 a 50 casos), e Cajazeiras, Santa Rita e Bayeux (com 10 a 30 casos por município).

“Apesar da ampliação do diagnóstico, a maioria dos casos continua sendo detectada tardiamente. Observamos que entre 2011 e 2016 teve uma predominância do diagnóstico entre 2º e o 3º trimestre, ocorrendo em 76,5% dos casos. Em 2016, tivemos 21% dos casos notificados no primeiro trimestre de gestação, 24,4% no segundo e 45,0% no terceiro trimestre”, alertou Ivoneide Lucena, gerente operacional das DSTs/Aids/Hepatites Virais da SES.

Também houve um aumento progressivo na taxa de incidência de casos de sífilis congênita no Estado. Em 2011, o percentual era de 2,9% de casos por 1.000 nascidos vivos e em 2015 a taxa subiu para 5,8%. Em 2016, a Paraíba já tem 4,9% de casos da doença em menores de um ano de idade. Quanto à mortalidade infantil por sífilis congênita, no período de 2011 a 2016, foram declarados 52 óbitos declarados no sistema de informação. Somente em 2016, o boletim mostra que já foram contabilizados oito óbitos por sífilis em crianças.

Tratamento

A penicilina G Benzatina é a única terapia que tem eficácia no tratamento de gestantes com sífilis e na prevenção da transmissão vertical da sífilis congênita. O boletim mostra que, na Paraíba, nos anos de 2011 a 2016, 82,1% das gestantes foram tratadas com Penicilina G Benzatina, 3,5% realizaram outro tipo de tratamento, 5,8% não realizaram nenhum tipo de tratamento e as informações em branco e/ou ignoradas foram de 8,6%. Em 2016, foram 87,3% de gestantes tratadas com penicilina, 2,7% outros esquemas e 4,8% não realizaram terapia alguma.

“O tratamento é o meio mais eficaz de evitar a transmissão vertical da doença e é importante que a gestante e o parceiro sejam tratados ao mesmo tempo. Contudo, verificamos um percentual muito baixo na realização do tratamento nos parceiros”, lamentou a gerente operacional.

Sintomas

A sífilis em gestante é uma doença causada pela bactéria Treponema pallidum de transmissão sexual e vertical. A maioria das pessoas com sífilis tende a não ter conhecimento da infecção, podendo transmiti-la aos seus contatos sexuais. Isso ocorre devido à ausência de sintomatologia, dependendo do estágio da infecção. Quando não tratada, a sífilis pode evoluir para formas mais graves, especialmente os sistemas nervoso e cardiovascular.

Já a sífilis congênita é a consequência da disseminação do Treponema pallidum pela corrente sanguínea, transmitido pela gestante para o seu bebê. A infecção pode ocorrer em qualquer fase da gravidez, e o risco é maior para as mulheres com sífilis primária ou secundária.

Um bebê infectado pode nascer sem sinais da doença. Porém, sem tratamento imediato, a criança pode ter vários problemas, desenvolvendo feridas na pele, febre, icterícia, anemia ou inchaço no fígado ou baço, sofrer convulsões ou até mesmo morrer.

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Jornal da Paraíba

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