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VIDA URBANA

PB tem 1,4 mil casos de desidratação infantil

Somente de janeiro a maio deste ano, 310 meninos e meninas foram internados nos hospitais públicos do Estado, 15,2% a mais que o ano passado. 

Publicado em 15/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 15:56

Nos últimos 2 anos, 1.404 crianças com idade inferior a 5 anos foram hospitalizadas na Paraíba por desidratação, sendo 761 internações em 2011 e 643 no ano passado, o que quer dizer que mais de uma criança foi hospitalizada por dia, por esse motivo.

Somente de janeiro a maio deste ano, 310 meninos e meninas foram internados nos hospitais públicos do Estado, 15,2% a mais do que no mesmo período do ano anterior, quando foram hospitalizadas 269 pela mesma causa. Os dados são do Sistema de Informação de Atenção Básica (Siab) do Ministério da Saúde. O tratamento mais indicado é a reidratação por meio do aumento da ingestão de líquido.

Segundo especialistas, o número de casos de desidratação infantil aumenta durante o verão, principalmente nas crianças das regiões Norte e Nordeste, devido ao típico clima seco. Com isso, torna-se mais difícil manter as crianças hidratadas nos períodos mais frios e chuvosos, já que o organismo não sente tanta necessidade de beber água, por exemplo.

Em João Pessoa, o Hospital Arlinda Marques é referência no atendimento infantil e diariamente recebe mães e pais de todo o Estado, em busca de tratamento para os seus filhos. Em uma visita ao local, na manhã de ontem, relatos de quem já passou pela situação e conhece bem o problema garantem não querer repetir a triste experiência.

É o caso da dona de casa Josilene Bezerra dos Santos, que tem uma filha de 6 anos. De acordo com ela, ainda aos dois anos de vida, Micarla Thaeme ficou desidratada e precisou ser internada, permanecendo no hospital por dez dias. “Ela começou a apresentar alguns sintomas como dores, vômitos e febre, então, a levei para o hospital e lá foi confirmado que ela estava com desidratação. Me preocupei muito, porque muitas crianças pequenas morrem por esse motivo, desde então, eu tenho cuidado com a alimentação dela, evitando comidas salgadas e dando muito líquido, como sucos de caju e acerola, além de bastante água para que ela não passe por isso de novo”, relatou.

Embora o filho de seis anos nunca tenha sofrido desidratação, a aposentada Geilsa Maria disse que teme que isso ocorra e portanto, prefere se prevenir. “Sempre dei muita água de coco a ele, suco, água filtrada... Tudo para não ter que passar por esse problema”, afirmou.

A diarreia é considerada uma doença grave para as crianças menores de cinco anos, porque elas ficam rapidamente desidratadas e caso não sejam tratadas a tempo, correm risco de morte, segundo o pediatra e presidente do Conselho Regional de Medica na Paraíba (CRM-PB), João Medeiros.

“A diarreia faz com que as crianças percam muita água e sais minerais do corpo, deixando a pele com aspecto seco e com pouca produção de saliva, por isso o tratamento mais indicado é a reidratação por meio do acréscimo na ingestão de líquidos saudáveis, como chás, sucos e a própria água”, indicou ao completar que o soro oral também tem papel importante no tratamento da desidratação porque contém os sais minerais que a criança perde por causa da diarreia.

VACINA DISPONÍVEL NOS POSTOS DE SAÚDE

Para o pediatra, o mal acomete, em maior escala, as crianças que vivem em situações precárias de saúde, como em locais que não possuem saneamento básico, mas também quando as pessoas não dispõem de condições para lavar os alimentos antes de prepará-los e ingeri-los. Desse modo, destacou que a população tem acesso gratuito à vacina contra o rotavírus, um dos principais agentes causadores da diarreia.

“No PNI (Programa Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde as pessoas têm acesso à vacina contra o rotavírus, que é o responsável por cerca de 30% das diarreias graves em crianças de até cinco anos de idade. Com essa vacina, é possível reduzir uma média de 40% os casos de internações hospitalares por desidratação”, estimou João Medeiros.

A vacina esta à disposição da população nos postos de saúde da rede pública e é oferecida rotineiramente, sem a necessidade de uma campanha de mobilização.

Aleitamento reduz chances de ter diarreia. De acordo com o Ministério da Saúde, a criança que recebe o leite materno tem 20 vezes menos chances de ter diarreia do que a alimentada com mamadeira, comprovando, mais uma vez, a importância do aleitamento materno exclusivo até pelo menos seis meses de idade.

A partir daí, a criança já pode consumir outros alimentos além do leite. Em 2005, ano que antecedeu a inclusão da vacina contra o rotavírus no PNI, mais de 28 mil crianças de zero a cinco anos foram internadas no Sistema Único de Saúde (SUS) por desidratação causada pela diarreia.

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Jornal da Paraíba

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