VIDA URBANA
PB tem 2º menor efetivo policial
Levantamento mostra que efetivo de Policiais Civis no Estado é o 2º menor; para suprir déficit seis mil novos policiais deveriam ser contratados.
Publicado em 24/08/2012 às 6:00
Com 1.950 policiais civis, a Paraíba tem o segundo efetivo do país, segundo levantamento realizado pela Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel).
Para atingir o número previsto na legislação, de acordo com o presidente da Adepdel, Cláudio Lameirão, mais de seis mil novos policiais deveriam ser contratados, já que, segundo ele, a Legislação Estadual determina que o efetivo total deveria ser de oito mil policiais na ativa.
Segundo Lameirão, todo o Estado é prejudicado com a falta de policiais. “No interior da Paraíba a carência é absurda. Existem delegados que respondem por 15 cidades. Para compensar o déficit, policiais fazem horas extras durante a noite, fins de semanas e feriados”, enumerou.
Cláudio Lameirão ainda disse que os delegados da Paraíba recebem um dos piores salários do país. “Nós temos o penúltimo salário do Brasil. No bruto, o delegado recebe R$ 7.200, enquanto que a média nacional é de onze mil reais. Todos os demais Estados do Nordeste pagam melhor do que na Paraíba”, lamentou.
Para o presidente da Associação dos Policiais Civis do Estado da Paraíba (Aspol-PB), Sandro Bezerra, com o déficit, está inviável para os policiais darem continuidade aos trabalhos. “Cada policial está trabalhando por cinco, o que significa uma carga horária estressante, pois é humanamente impossível um policial atender toda a população nas delegacias e ao mesmo tempo sair para realizar investigações, com o atual efetivo, ou faz uma coisa ou outra”, avaliou.
Sandro Bezerra lamentou o número de policiais aprovados em concursos que aguardam por nomeação. “Infelizmente temos mais de mil policiais concursados e alguns deles já foram formados pela academia, aguardando a nomeação do governo para dar continuidade aos serviços de elucidação de crimes e ajudando a colocar os acusados na cadeia”, afirmou, acrescentando que a categoria espera que o governo reveja a situação. “Só quem sofre com isso é a população que acaba padecendo com o aumento da criminalidade”, disse.
Por sua vez, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds) informou que na atual gestão já houve um incremento de 201 policiais civis concursados, o que representa mais de 10% do efetivo total de 31 anos, além de que, há a expectativa de chamar novos concursados, tendo em vista que o governo prorrogou a validade do concurso, que se encerraria em julho último, por mais dois anos para poder ter tempo de chamar todos os aprovados.
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