VIDA URBANA
Pesquisa aponta que diferença salarial entre homens e mulheres na PB cresceu 32%
Desigualdade entre paraibanos aumentou de R$ 348,40 para R$ 461,09 em um ano.
Publicado em 05/03/2020 às 18:00 | Atualizado em 06/03/2020 às 13:23
O dia 8 de março serve apenas como referência, pois a luta contra as desigualdades que as mulheres sofrem é diária. Desempenhando a mesma atividade profissional, historicamente os homens possuem maiores salários. Na Paraíba, por exemplo, a diferença salarial nas contratações entre homens e mulheres passou de R$ 348,40 em 2018, para R$ 461,09, em 2019, representando um aumento de 32%. O levantamento foi feito pela plataforma Quero Bolsa, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O salário médio das profissionais femininas com ensino superior foi de R$ 1.582,22. Isso corresponde a apenas 77,4% do salário dos homens na mesma situação, que foi de R$ 2.043,31. Foi a maior proporção desde 2017.
Apesar das carreiras de ensino superior apresentarem uma remuneração 95,6% maior em relação às profissões sem graduação, a desigualdade se agrava nos níveis mais altos de ensino. Em contratações sem diploma, o salário das mulheres foi de R$ 1.044,23 correspondendo a 91,2% dos homens.
Entretanto, mesmo com salários menores, mulheres com diploma de nível superior são contratadas em maior número. Foram 7.537 vagas preenchidas por profissionais do sexo feminino contra 5.252 por profissionais masculinos.
Entre as dez carreiras de ensino superior com maior geração de postos de trabalho, na Paraíba, as mulheres recebem salário menor em seis delas. A profissão em que mulheres receberam menos em relação aos homens foi a de advogado, com o salário feminino correspondendo a 71,1% do masculino.
Na Paraíba, mulheres são maioria no ensino superior
Apesar de receberem um salário proporcionalmente menor, na Paraíba as mulheres são maioria no ensino superior, com 85.900 matriculadas (54,8%) contra 70.934 homens. Elas também são maioria na pesquisa científica, com 58% do total dos estudantes com iniciação científica. As informações sobre graduação são do Censo da Educação Superior de 2018 do INEP, que é a edição mais recente.
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