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VIDA URBANA

Pesquisadora da UFPB descobre que líquido extraído do sisal mata mosquito da dengue rapidamente

Em até dois anos, inseticida natural poderá ser comercializado.

Publicado em 11/07/2019 às 15:14 | Atualizado em 12/07/2019 às 10:07


                                        
                                            Pesquisadora da UFPB descobre que líquido extraído do sisal mata mosquito da dengue rapidamente
Aedes Aegypti

				
					Pesquisadora da UFPB descobre que líquido extraído do sisal mata mosquito da dengue rapidamente
Aedes Aegypti

A pesquisadora do Departamento de Biologia Celular e Molecular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Fabíola Cruz, descobriu que o líquido extraído do sisal, planta cultivada em regiões semiáridas, mata rapidamente o Aedes aegypti, mais conhecido como o mosquito da dengue.

Atualmente, na última fase da pesquisa, a pesquisadora que também é coordenadora do Laboratório de Biotecnologia Aplicada a Parasitas e Vetores (Lapavet), investiga as formas seguras de utilização da substância, com previsão de conclusão em até dois anos. “A eficácia como inseticida já foi comprovada, tanto no uso direto quanto na produção de iscas”, confirmou a pesquisadora que iniciou o estudo em 2012.

Segundo Fabíola Cruz, a descoberta foi por acaso e teve início a partir do relato de pequenos agricultores sobre a utilização do suco do sisal para eliminação de carrapatos de bois. “No processo de extração da fibra do sisal, é obtido também um suco, que compõe 95% da planta", disse. Para descobrir as propriedades biológicas do extrato, Fabíola contou com a parceria da Embrapa Algodão, responsável por extrair o líquido do sisal e disponibilizar para a pesquisadora.

Ao aplicar o extrato bruto, Fabíola descobriu que o líquido é letal para as larvas do Aedes aegypti. Além disso, também foram obtidos resultados positivos em diferentes fases do mosquito. “A princípio, pretendia estudar a ação larvicida, mas a pesquisa cresceu”, disse a pesquisadora que explicou que o líquido foi transformado em pó, para facilitar as pesquisas enquanto inseticida comercial.

Ao Jornal da Paraíba, a pesquisadora explicou que a pesquisa se encontra na fase de investigação de toxicidade. “Estamos estudando se há risco na concentração que estamos propondo para quem for manusear o produto e até mesmo para animais domésticos”, disse Fabíola, acrescentado que para o líquido ser vendido em forma de inseticida é preciso que uma empresa se interesse pelo produto e adquira a patente para produzir comercialmente.

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Jornal da Paraíba

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