VIDA URBANA
Pesquisadores da PB vão monitorar desertificação no Nordeste
Especialistas de seis estados, irão formar uma rede integrada para o monitoramento; trabalho dos pesquisadores será articulado em CG.
Publicado em 11/05/2012 às 6:30
Pesquisadores de seis estados do Nordeste se reuniram em Campina Grande e formaram uma rede integrada de monitoramento sobre o avanço da desertificação no Semiárido.
Mais de 120 especialistas vão atuar na fase inicial do projeto, fazendo o monitoramento em núcleos regionais localizados nos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Piauí. A meta é expandir o sistema para todo o Semiárido até agosto de 2013.
Todo o sistema será articulado a partir de Campina Grande pela equipe do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que é sediado no município.
Durante três dias, os pesquisadores estiveram reunidos no Insa para definir as metas e metodologias de trabalho integrado. O encontro terminou ontem.
A previsão é que o monitoramento seja iniciado em até três meses, mas o trabalho de planejamento já começou. “O objetivo é agregar cientistas renomados neste tema e sair com propostas aplicáveis à realidade do Semiárido”, explicou Aldrin Pérez Marin, coordenador do sistema de monitoramento. O projeto envolve especialistas em diversas áreas, como biologia, geoprocessamento, meteorologia, recursos hídricos, pesquisa em solo, física e ciências sociais. “Definimos parâmetros para determinar quais fenômenos podem ser classificados como desertificação e estabelecemos uma metodologia de pesquisa que será aplicada no monitoramento”, informou Marin.
A expectativa do Insa é de que, com o monitoramento sistemático, dados exatos sobre a desertificação possam ser obtidos após quatro anos de pesquisa.
A desertificação afeta não apenas o solo e a vegetação, mas também a fauna e principalmente a qualidade de vida dos moradores da região, produzindo efeitos sociais e econômicos.
A Paraíba é o único estado com dois núcleos de monitoramento à desertificação, localizados nas regiões no Cariri e no Seridó.
Os outros núcleos estão situados em Iraucuça-CE, Cabrobó-PE e nas regiões do sertão do São Francisco na Bahia e no Seridó do Rio Grande do Norte. O Projeto de Monitoramento integrado é financiado pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
PARAÍBA
A Paraíba é o estado do Nordeste com mais risco de desertificação, de acordo com o Plano de Ação para a Prevenção e o Combate ao desmatamento da Caatinga produzido pelo Ministério da Ciência e tecnologia em 2010.
Segundo o levantamento, 63% do território do estado é suscetível ao risco de desertificação.
SECA
A estiagem que afeta o Semiárido nordestino também é um dos fatores que pode contribuir para o avanço da desertificação.
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