Pessoense está acima do peso

Mais da metade dos pessoenses possuem excesso de peso e 17% da população de João Pessoa está obesa. Isso foi o que revelou a Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 2014 (Vigitel), divulgada ontem pelo Ministério da Saúde (MS). De acordo com o estudo, os números apontam uma estabilidade com relação a 2013, quando 51,3% dos habitantes da capital foram diagnosticados com sobrepeso e 17% com obesidade.

No ranking, João Pessoa está em 11º lugar entre as 26 capitais e o Distrito Federal no índice de sobrepeso, ficando atrás de cidades como São Luís-MA, que tem o menor percentual de pessoas acima do peso do país, 46% da população. Florianópolis-SC, por sua vez, é a capital com o menor índice de obesos, com 14% da população. João Pessoa está em 9º lugar no quesito obesos, com 17%.

Apesar de apontar uma estabilidade com relação ao ano de 2013, se avaliados os nove anos da pesquisa percebe-se uma evolução significativa nos índices de sobrepeso e obesidade dos pessoenses. Em 2006, primeiro ano do estudo, 42,1% da população tinha sobrepeso enquanto 13,9% estava obesa. Em 2014, esses números subiram para 51% com excesso de peso e 17% obesos.

O estudo foi realizado em todo o país por meio de entrevistas por telefone realizadas entre fevereiro e dezembro de 2014. Foram consultadas 40.853 pessoas acima de 18 anos residentes nas capitais dos 26 estados e do Distrito Federal. Segundo o estudo, em nível nacional, 52,5% dos brasileiros estão acima do peso, o que corresponde a 56,5% da população masculina e 49,1% da feminina. No quesito obesidade, 17,9% dos habitantes do país possuem a doença, correspondendo a 17,6% da população masculina e 18,2% da feminina.

Esses índices são preocupantes primeiramente porque se observa um crescimento de 23% (de 43% para 52,5%) no prazo de nove anos, desde o início da pesquisa. Além disso, os quilos a mais na balança são fatores de risco para as doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Estas, por sua vez, são responsáveis por 72% dos óbitos registrados no país, de acordo com o Ministério da Saúde.

A pesquisa Vigitel é realizada desde 2006 e tem como objetivos medir a prevalência de fatores de risco e proteção para doenças não transmissíveis na população brasileira e subsidiar ações de promoção da saúde e prevenção de doenças.