VIDA URBANA
Piso salarial dos professores passa a ser de R$ 2.135, diz MEC
Com reajuste de 11,36%, valor passa de R$ R$ 1.917,78, em 2015, para R$ 2.135,64, em 2016. Famup afirma que municípios terão dificuldade para cumprir piso.
Publicado em 14/01/2016 às 18:28
O piso salarial dos professores terá reajuste de 11,36%, anunciou hoje (14) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Com isso, o valor passa de R$ R$ 1.917,78, em 2015, para R$ 2.135,64, em 2016. O índice representa um aumento real de 0,69%, considerando a inflação oficial de 10,67%.
Ontem (14), o Ministério da Educação (MEC) recebeu dos estados e municípios pedido de adiamento do reajuste para agosto e que o índice fosse 7,41%. Ao anunciar o valor hoje, Mercadante ressaltou que a pasta apenas cumpre a lei vigente.
"Muitos estados e municípios têm uma situação mais sensível, o que a gente pede é que haja disposição de diálogo, de busca de negociação entre sindicatos e governos, para que seja pactuado – onde não há condições –, com transparência, uma política de pagamento do piso que seja compatível [com a situação local]", disse Mercadante.
Pela lei, o piso vale a partir de janeiro, mas o ministro destacou que isso pode ser negociado entre trabalhadores e governos.
Procurada pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, a Secretaria de Educação do Estado não se pronunciou sobre o aumento. Já a secretária de Educação de João Pessoa, Edilma Ferreira, não atendeu às ligações.
O presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraiba (Famup) comentou que as cidades paraibanas terão dificuldades para efetuar os pagamentos dos professores após o reajuste.
"Temos consciencia de que o professor tem que ganhar bem, mas da maneira e do modelo que foi aprovado o piso, chega um período em que os municípios terão problemas para cumprir isso. Até porque o governo federal, que criou o piso com o congresso, não entra com quase nada no Fundeb", afirmou.
"Os municípios entram com 45 % e os Estados também e o governo federal só com 10%. O que tem que acontecer é que o governo, já que criou o fundo com o congresso, entre entrar com mais recursos para que o município possa cumprir esse piso", acrescentou, frisando que a Famup, junto com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), vai continuar cobrando do Governo Federal uma participação maior nos custos da educação municipal.
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