VIDA URBANA
Policiais civis paralisam atividades e vão atender apenas flagrantes
Movimento é contra a precariedade das carreiras investigativas e medidas que estão no Congresso.
Publicado em 09/11/2016 às 7:46
Os policiais civis da Paraíba paralisam as atividades por 24 horas a partir das 8h desta quarta-feira (9). Segundo a Associação dos Policiais Civis de Carreira (Aspol-PB), apenas procedimentos de prisão em flagrante serão realizados nas delegacias do Estado. O movimento, de acordo com a entidade representativa, é contra a precariedade nas carreiras investigativas e de apoio e medidas que tramitam no Congresso e tiram direitos dos servidores.
De acordo com a presidente da Aspol, Suana Melo, os policiais civis do estado ocupam a última posição do Ranking salarial do Brasil. “O policial civil da Paraíba, mesmo se encontrando entre os mais bem avaliados do país e atingindo anualmente as metas de redução de criminalidade no Estado, recebe a metade do salário que é pago em 16 estados”, afirmou Suana.
Suana enfatizou que modificações legislativas propostas irão prejudicar ainda mais as categorias. “Com a aprovação da Projeto de Lei Complementar 257/2016, por exemplo, que retira diversos direitos do servidor, a partir da majoração da contribuição previdenciária, o salário vai ser ainda menor, afetando drasticamente os policiais civis, que exercem atividades de elevado risco e complexidade, sendo submetidos a estresse constante, e que necessitam da manutenção de uma aposentadoria diferenciada”, pontuou.
Em relação ao atendimento ao público nas delegacias durante a paralisação, Suana informou que as unidades policiais de todo o estado atenderão somente os serviços inadiáveis. “Apenas os procedimentos de flagrante e as diligências relacionadas serão realizados pelos policiais civis. Boletins de Ocorrências, atividades cartorárias e diligências externas estarão suspensas”, concluiu.
Em nota, o Governo do Estado declarou que ainda não tinha conhecimento da paralisação dos serviços, mas garantiu a realização de procedimentos de emergência e flagrantes. O delegado geral adjunto, Isaías Gualberto, disse que espera que a população não seja prejudicada.
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