VIDA URBANA
Policiais da Paraíba sofrem com a falta de estrutura
Ministério da Justiça traçou 'Perfil de Instituições de Segurança Pública'.
Publicado em 20/02/2013 às 6:00
Quantidade insuficiente de armas e de coletes à prova de balas, delegacias sem carceragem e sem acesso à internet, policiais sem seguro de vida e um dos menores efetivos de segurança pública do Nordeste. Esta é a situação encontrada na Paraíba e que foi revelada ontem pelo Ministério da Justiça através da pesquisa “Perfil de Instituições de Segurança Pública”. O estudo, feito desde 2004, é considerado um importante diagnóstico da segurança pública do país.
O documento, que está disponível no site do Ministério da Justiça, mostra, em detalhes, a estrutura de trabalho encontrada pelas Polícias Militar e Civil em todos os Estados brasileiros. Os dados são referentes a 2011 e revelam que a Polícia Militar da Paraíba possui apenas um colete à prova de balas para cada grupo de quatro policiais. Para atender a corporação composta por 9.698 militares, a corporação só dispõe de 2.252 equipamentos desse tipo. A proporção exata é de um colete para cada 4,31 servidores.
Além disto, de acordo com o estudo, só existem 5.610 armamentos para uma tropa composta por 9.698 pessoas. Com isso, a média é de uma arma para cada 1,73 policiais, o que coloca o Estado numa situação desfavorável em relação ao Maranhão (2,15), ao Rio Grande do Norte (2,05), ao Ceará (1,87) e à Bahia (1,78).
A pesquisa ainda apontou que a Paraíba possui o quinto menor efetivo de policiais militares do Nordeste. No Estado, há um policial para cada grupo de 391 moradores.
Na área da assistência social, a pesquisa mostrou que Paraíba, Maranhão e Rio Grande do Norte são os únicos Estados nordestinos que não oferecem nenhum seguro de vida aos policiais militares e civis em casos de acidentes durante o trabalho. Já na Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, esses profissionais dispõem dessa assistência.
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