População pode evitar o crime

É possível evitar ser vítima de 'saidinha de banco', mas, para isso, a população deve ficar atenta a pontos fundamentais que reforçam a segurança durante as transações bancárias. Quando perceber que está sendo observado, o cliente deve primeiro retardar a operação e fazer contato imediato com a Polícia Militar através do 190.

Ao efetuar um saque, o cliente deve evitar colocar o dinheiro ou a carteira de cédula no bolso de trás e sempre procurar distribuí-los nos bolsos da roupa. O cliente também pode optar por transações eletrônicas, a exemplo de DOC, TED e transferência de valores via telefone e Internet. Os saques com alto valor em espécie devem ser evitados. “E sempre que for necessário peça auxílio a uma pessoa de confiança que possa acompanhá-la,” advertiu o militar, ressaltando que após efetuar o saque os usuários devem evitar contar ou manipular o dinheiro em locais muito visíveis.

Para se proteger dos ataques criminosos, a aposentada Rosa de Lima adquiriu o hábito de não sacar grandes quantias em dinheiro e realizar pagamentos através de transações feitas diretamente no caixa eletrônico. “A gente tem muitos meios para se proteger destes assaltos, são recursos que possibilitam que o cliente não precise sair do banco com um grande montante”, afirmou Rosa de Lima.

Após sair da agência bancária e perceber que está sendo seguido por algum suspeito, o tenente-coronel Júlio César recomenda que a população busque abrigo em um local seguro e acione a Polícia Militar. Ao ser assaltado, o cliente nunca deve reagir e registrar o caso em uma delegacia de Polícia Civil.

Maiores vítimas
Na capital, os homens foram as maiores vítimas de 'saidinha de banco' este ano. De acordo com o levantamento do Núcleo de Ações Estratégicas, em 74% das ocorrências as vítimas eram do sexo masculino e todos estavam sozinhos quando foram abordados por criminosos. O caso mais recente de 'saidinha de banco' resultou no assassinato de um empresário no bairro do Bessa, no último dia 29.

Wallace Pereira Delmas, 33 anos, sacou uma quantia em dinheiro em uma agência bancária no mesmo bairro em que residia, mas foi perseguido por criminosos que estavam em um veículo. Ao chegar ao prédio onde morava, o empresário foi abordado e assassinado a tiros, já os bandidos fugiram levando a bolsa que continha todo o dinheiro sacado pela vítima.

Consciente do risco de ser assaltado, o funcionário público Geraldo Batista sempre observa toda a movimentação que acontece no interior e fora da agência bancária e evita retirar grandes quantias. “Em todos estes crimes os bandidos agem de acordo com as oportunidades que encontram. Dessa forma, eu adquiri algumas medidas que possam me garantir o mínimo de segurança”, afirmou Geraldo Batista.