VIDA URBANA
Postos policiais fechados em JP
População teme os assaltos no Centro da cidade e denuncia que falta de policiais causa insegurança.
Publicado em 25/05/2014 às 8:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 15:15
“Eu mesmo morro de medo. Olho para um lado e para o outro direto, com medo de ser assaltado. Aqui não é nem um pouco seguro”, declarou o operador de telemarketing Ramon Ferreira enquanto esperava o transporte coletivo em uma das localidades que ele considera como mais perigosas de João Pessoa, o Centro da capital. Lá, um posto policial deveria garantir a segurança da população, mas o que o entrevistado e diversas outras pessoas afirmam é que, na maioria das vezes, o local não possui nenhum funcionário, o que impede que a população encontre ali um ponto de apoio.
O operador de telemarketing declarou que nunca foi assaltado, mas o medo e a apreensão são suas companhias constantes ao ter que esperar um transporte coletivo na localidade, principalmente à noite. “Eu acho que se deveria investir mais em educação. Eu acho que nunca fui assaltado porque vivo atento, mas eu nem acho seguro nem nunca vejo policial por aqui. Se funcionasse nos beneficiaria demais”, acrescentou.
E Ramon não é o único a considerar a localidade insegura. Segundo o comerciante Antônio Martins, que tem um ponto de comércio nas proximidades das paradas de ônibus da Lagoa há 22 anos, não é incomum ver pessoas passando reclamando por terem sido assaltadas e, em busca de um posto policial, não encontrarem nada além de portas fechadas.
“Eu vejo, diariamente, as pessoas reclamando da insegurança, procurando um posto de polícia que nunca funciona por aqui. O povo reclama direto. Eu só fico aqui de dia e já escuto isso, imagina à noite. É uma insegurança só”, revelou.
Segundo o comerciante, para quem trabalha ali a violência não é tão notável, mas ele disse que presenciar pessoas sendo assaltadas já é rotina naquele local.
No dia em que a reportagem foi à localidade, um policial militar estava no posto. Ele preferiu não se identificar, mas revelou que, diferentemente do que a população declarou, o local funciona, diariamente, das 7h às 19h. Já com relação à presença de policiais à noite, ele disse que a realidade é que não há efetivo suficiente para cobrir a localidade também à noite.
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