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VIDA URBANA

Praças localizadas no Centro de João Pessoa não têm acessibilidade

Pesquisa desenvolvida pela UFPB identifica problemas que dificultam a utilização do espaço público por pessoas idosas.

Publicado em 07/02/2016 às 10:00

Se até o final dos anos 50 as praças do Centro de João Pessoa eram ambientes de efervescência da sociedade paraibana, hoje são pontos de encontro entre idosos de toda parte da cidade, que vão até esses locais em busca de boa conversa, jogos entre amigos ou por simples contemplação do espaço público. O grande problema, segundo especialistas, é a falta de infraestrutura de qualidade para esses usuários, que não encontram um local propício para desenvolver suas atividades.

Uma pesquisa desenvolvida pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), intitulada “O corpo idoso nas ruas e praças do Centro de João Pessoa: experiências urbanas no espaço público requalificado”, identificou uma série de problemas que dificultam o uso das praças do Centro por pessoas mais velhas. Falta de banheiro público, bancos sem encostos, poucos espaços de sombreamento e mudanças bruscas nos níveis das calçadas são só algumas das dificuldades que esses usuários enfrentam diariamente.

De acordo com a pesquisadora Jovanka Baracuhy, uma das responsáveis pelo estudo, contrariando o que muitos pensam, essas praças ainda são espaços de vivências para muitos moradores da cidade. “O Centro não é só local de passagem, é o que mostram nossas pesquisas sobre áreas públicas e ocupação dos territórios nessa região. Os idosos atestam isso, porque fazem uso em diversos pontos, como o Ponto do Cem Réis e a Praça João Pessoa. O Centro pode ter perdido população residente, mas suas praças continuam sendo usadas”, disse.

Quem conhece bem a realidade é o escritor Francisco Gonçalves, de 70 anos, que desde adolescente circula pelas praças do Centro de João Pessoa. Hoje, assíduo frequentador da Praça Vidal Negreiros, conhecida como Ponto de Cem Réis, diz ser comum obstáculos aos mais velhos que frequentam o local. “Eu presenciei um senhor de idade aqui andando de um lado para o outro, agoniado. Quando vi, fez as necessidades na parede, na frente de todo mundo, em plena luz do dia. Quando reformaram aqui não colocaram o principal: um banheiro público”, disse.

Na pesquisa, realizada pelas arquitetas e urbanistas Marcela Dimenstein e Jovanka Baracuhy, pode-se observar a recorrência de algumas queixas entre os usuários dessas praças. “Continua havendo uma dinâmica na região que precisa ser melhor avaliada, mais respeitada, dada a faixa etária dessa população. Há pouca infraestrutura para desenvolver atividades como conversas, jogar dominó e também dificuldade com banheiro. Eles reclamam muito da ausência de banheiro, alguns têm incontinência urinária, então isso deveria estar contemplado”, disse Jovanka Baracuhy.

Imagem

Jornal da Paraíba

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