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VIDA URBANA

Prédio do Caic está abandonado na capital

População que mora perto do local reclama que escola inativa favorece à insegurança.  

Publicado em 16/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/03/2024 às 15:58

Um prédio que ocupa uma área de 8.500 metros quadrados, a Escola Estadual Caic Damásio Franca, localizada no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, deixou de funcionar no final do ano passado. Na unidade, onde existiam turmas de ensino fundamental e médio, hoje o que se vê são portões depredados, ausência de mesas e cadeiras, além de insegurança e restos de comida que, segundo moradores do bairro, são de moradores de rua que fizeram de lá sua morada. Para transeuntes e pessoas que trabalham nas redondezas, o que se vê no Caic hoje é um total abandono.

A metade do portão de entrada dá as boas vindas a um prédio que, de longe, se observa o abandono. Onde deveriam ser as salas, hoje só se observa paredes e chão sujo, além da ausência de itens necessários para se assistir a uma aula: cadeiras e mesas. Segundo o fretista Gilson Maia, que trabalha em um terreno em frente ao Caic, tudo o que tinha na escola foi furtado há muito tempo. “Aqui está um abandono total. É um absurdo isso. Antes tinha até uma placa dizendo que estava em reforma, mas nem isso tem mais. Tudo o que tinha lá dentro já foi levado”, afirmou.

E o fretista não é o único a lamentar a situação atual do Caic. De acordo com um comerciante que trabalha nas redondezas, mas que não quis se identificar, lá se via centenas de alunos diariamente para lá e para cá, dando movimentação ao local que hoje só retrata insegurança. “Eu tô cansado de ver caso de assalto aqui. É esquisito direto, seja de dia ou de noite. Faz até medo ir lá dentro, porque tem gente morando dentro. Antes a polícia entrava lá e saía um monte de gente. Mas nunca mais fizeram isso e é gente direto vindo pegar ônibus e sendo assaltada. Eles correm lá pra dentro”, denunciou, relatando que a moto de um conhecido seu, um tempo depois de ser roubada, foi encontrada dentro do colégio.

Quem depende de ônibus e mora nas redondezas também não gosta do que se observa no Caic e concorda com os relatos do comerciante. Uma dessas pessoas é a dona de casa Vânia da Silva. Ela mora há pouco tempo no bairro, mas comentou que já sente o perigo do que é ter que pegar ônibus na parada em frente à escola. “Eu tenho medo demais. Aqui é muito esquisito.

De noite, então, piora”, lamentou.

Diferentemente da dona de casa, a contadora Zelma da Silva não é moradora nova no bairro. Relatando morar em Mangabeira há 17 anos, ela conta como era antes e como é agora, cerca de oito meses após a desativação do Caic. “Antes era aluno sempre por aqui, era mais animado, hoje em dia, se tiver que passar do lado da escola, eu arrodeio, mas não passo.

Eu acho que deveriam fazer alguma coisa, porque um prédio desse tamanho é um desperdício”, opinou.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (SEE), o prédio está em fase de cessão ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) por solicitação do próprio Instituto. Os alunos, professores e funcionários do local, ainda conforme a assessoria, foram relocados para as escolas estaduais Pedro Lins, Nossa Senhora de Fátima e Luiz Ramalho, que ficam perto do Caic.

Por sua vez, o reitor do IFPB, João Batista, informou que o CAIC foi fundado em 1992 com uma boa estrutura, mas essa só foi usada, mas nunca mantida, o que causou a depredação do prédio com o passar dos anos. No final do ano passado, o Ministério da Educação (MEC) visitou a instituição para avaliar este que pertence à União, mas tinha sido cedido ao Estado.

Por observar sua situação, o Mec cedeu o prédio ao IFPB, que possuía a intenção de fazer lá um espaço complementar do Instituto.

“Nós pretendemos fazer de lá, um local que nunca foi bem cuidado, esse espaço complementar, onde implementaremos ações educativas enquanto construímos uma outra sede do IFPB onde trabalharemos outro eixo temático voltado à área de saúde, com investimentos em cursos como engenharia biomédica, agente comunitário, técnico em manutenção de equipamentos biométricos, entre outros”, explicou.

Ainda de acordo com o reitor do IFPB, o Instituto ainda estava aguardando as escrituras do prédio, que estavam com a Secretaria de Educação, porém na última quarta-feira ele recebeu toda a documentação, o que possibilitará o início, o quanto antes das intervenções na escola. “A verba já existe, porque é intenção do governo federal essa expansão do IFPB, que hoje conta com sedes em 19 municípios diferentes na Paraíba além de dois concomitantes, na capital e em Cabedelo, onde possui duas unidades”, disse. “A pretensão é de começarmos o quanto antes alguma atividade, como cursos de pequena duração. Depois disso vamos trabalhar na estruturação para que o local possa receber os cursos com profundidade”, frisou.

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Jornal da Paraíba

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