VIDA URBANA
Prefeitura da capital quer acesso de agentes a imóveis fechados
No combate ao Aedes aegypti, a administração recorre à Justiça para garantir trabalho preventivo de agentes em imóveis abandonados.
Publicado em 15/12/2015 às 8:06
O município de João Pessoa moveu ação para que os agentes de endemia e de limpeza urbana tenham acesso a casas e terrenos abandonados na capital. Para garantir o trabalho de combate ao Aedes aegypti, a prefeitura entrou ontem com pedido de liminar solicitando uma ação cautelar, na justiça estadual, que permite a entrada dos agentes de endemias nas casas que estão fechadas ou abandonadas, suspeitas de apresentar focos do mosquito.
O primeiro bairro a receber a visita dos agentes de endemia será o Bessa. A medida integra o conjunto de ações previstas no Plano Municipal de enfrentamento ao mosquito. A partir de hoje, cerca de 300 agentes de limpeza urbana estarão em diversos bairros da capital atuando na limpeza de terrenos baldios, com notificação prevista para as áreas que não tomarem as devidas providências.
A secretária de Saúde da capital, Aleuda Cardoso, destacou que a população tem colaborado no combate ao mosquito. “O momento exige maior atenção do poder público, uma vez que, com a chegada do verão, a proliferação dos focos tende a crescer. Na maioria das situações, a população tem sido parceira, contribuindo de forma imediata”, esclareceu. Os agentes irão atuar de forma articulada com a limpeza urbana, apresentando os pontos já identificados durante as mais de 520 mil vistorias realizadas.
CAMPINA GRANDE
Com dificuldade para combater os focos do mosquito Aedes aegypti em propriedades particulares abandonadas ou fechadas, a Prefeitura de Campina Grande conseguiu ontem autorização da Justiça para entrar em 957 imóveis nessa situação, detectados através de levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A liminar, concedida pelo juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Jander Teixeira, é resultado de uma ação civil pública da Procuradoria Geral do Município e autoriza os agentes de saúde e de combate às endemias a utilizar, se necessário, o apoio da força policial para entrar nos imóveis, terrenos, construções e prédios públicos para eliminar os focos de reprodução do mosquito. Conforme a decisão, os agentes também estão autorizados a abrir cadeados ou eliminar outros obstáculos que impeçam a entrada nesses locais e, consequentemente, a retirada dos focos. (Colaborou Déborah Souza)
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