VIDA URBANA
PRF autua 364 carros com película fumê irregular
Películasestavam em desacordo com a legislação específica estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Publicado em 23/07/2014 às 12:24 | Atualizado em 07/02/2024 às 11:04
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez 364 autuações de condutores de veículos, nas rodovias federais do Estado, com películas fumê nos vidros, que estavam em desacordo com a legislação específica estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), no primeiro semestre de 2014.
A Resolução 254 de 2007 do Contran determina que as películas aplicadas nos vidros incolores dos automotores devem ter transmissão luminosa de 75% para o pára-brisa, 70% para os vidros laterais e 28% para vidros traseiros. Assim como determina a aplicação vinda de fábrica por meio de chancela,ou seja, forma que viabiliza a visualização da porcentagem de transição luminosa indicada para o produto para quem estiver dentro ou fora do veículo. A legislação assegura ainda a retenção do veículo para regularização, multa de R$127,00 e cinco pontos na carteira do motorista.
Entretanto, é comum vermos nas ruas e rodovias, veículos com películas escuras, quase fechadas, de tal forma a dificultar a identificação do condutor e até mesmo a visibilidade. Mesmo sabendo que ultrapassar o limite permitido de escurecimento dos vidros pode acarretar em multa, algumas pessoas insistem e acabam procurando lojas especializadas para aplicar as películas nos vidros dos veículos, que muitas vezes de tão escuras são chamadas de “blecaute”, impossibilitando assim a visualização do interior do carro.
O instalador de películas, há sete anos no ramo, André Sousa explica que mesmo o produto já com a porcentagem adequada impressa em selo e na própria película, muitos clientes alegam que preferem intensificar o processo de escurecimento dos vidros e ir de encontro à legislação. “Mesmo sabendo da legislação que não permite o vidro muito escuro, muitos clientes pagam. A gente faz a aplicação, mas a responsabilidade é do cliente”, ressaltou o profissional.
Eduardo Filho, proprietário de uma loja de equipamentos e aplicação de películas, localizada no bairro da Torre, ressalta que em um mês, 50% dos clientes que procuram o estabelecimento querem contratar a aplicação de películas. “A procura é grande. A maioria dos nossos clientes vêm até a loja com o intuito de aplicar as películas. Por mês 50% dos clientes procuram esse serviço”, destacou.
As pessoas que são adeptas do uso de películas nos vidros dos veículos alegam que a segurança e a proteção contra os raios solares são os principais motivos que fazem a necessidade desse tipo de artigo. O vendedor Ruffo Maia, de 57 anos, afirma que por conta da incidência solar muito forte há a necessidade de ter uma película mais escura e reforçada. Destaca também a segurança, pois quanto mais escuros forem os vidros do carro, mais difícil é a ação criminosa. “Tenho conhecimento da legislação e sigo. Mas uso a película por conta do calor e por ser mais seguro, principalmente à noite", ressaltou.
O chefe da assessoria de comunicação da PRF, Anderson Poddis, explica que existe um aparelho para detectar o índice de transparência das películas, no entanto, a Paraíba não possui esse dispositivo. A fiscalização nas rodovias federais é realizada a partir da abordagem do veículo e identificação do selo impresso na própria película, onde indica a porcentagem do produto. “A medição da transmitância luminosa dos vidros dos veículos obedece o disposto na Resolução n°253/07, ou seja, deve ser efetuada por meio de instrumento denominado Medidor de Transmitância Luminosa. No momento, a PRF na Paraíba não está dotada deste equipamento”, explicou Anderson Poddis.
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