VIDA URBANA
Procon-CG entrega relatório de preços de combustíveis ao MP
Órgãos investigam se aumento nos preços dos combustíveis foi abusivo. Pesquisa foi realizada em 46 postos de Campina Grande.
Publicado em 06/04/2011 às 8:55
Rostand Melo
Do Jornal da Paraíba
O Procon de Campina Grande vai encaminhar nesta quarta-feira (6) ao Ministério Público Estadual os dados de uma pesquisa realizada em 46 postos de combustíveis com o objetivo de averiguar se houve aumento abusivo nos preços praticados na cidade. O levantamento foi realizado durante toda a tarde de ontem por fiscais do órgão, que decidiu fazer a tomada de preços após receber reclamações sobre o aumento de adotado desde o último final de semana.
A Curadoria do Consumidor, responsável pela investigação da denúncia de aumento abusivo, também solicitou um relatório do Fisco Estadual para averiguar se houve aumento nos preços cobrados pelas distribuidoras que fornecem combustível no estado. Ainda não há prazo para entrega do levantamento do Fisco, que deverá ter os dados cruzados com a pesquisa de preços realizada pelo Procon.
O objetivo é averiguar se há justificativa para a elevação dos preços. Se o Ministério Público considerar que não houve justa causa para a mudança na tabela do álcool e da gasolina, o aumento será considerado abusivo e os postos poderão ser notificados e até autuados.
Dados dos postos de combustível apontam que a gasolina que antes era vendida a R$ 2,55 já está sendo encontrada em Campina por R$ 2,69, o que representa um aumento de 5,5%. No álcool o reajuste foi ainda maior, atingindo até 10% de aumento, já que o produto que antes podia ser encontrado por R$ 1,99 agora está sendo negociado a até R$ 2,19.
“Verificando as planilhas e as tabelas de custos, nós trabalharemos junto ao Ministério Público para averiguar se esse aumento é procedente”, afirmou Eliane Rodrigues, da assessoria de comunicação do Procon. Os consumidores identificarem a prática de preços abusivos, devem ligar para o número 151 para denunciar.
Os donos de postos afirmam que o aumento está sendo provocado pela escassez de cana-de-açúcar no mercado, principal matéria-prima para a produção do álcool.
“O aumento não foi só na Paraíba, mas no Brasil todo. As distribuidoras justificam com a alta na entre safra da cana e o aumento do álcool acompanha essa tendência de aumento do preço da cana-de-açúcar”, avalia Bruno Agra, presidente do sindicato dos donos de postos de Campina Grande. Segundo a categoria, álcool aumentou cerca de 10%, e a gasolina registrou elevação em torno de 3,8%.
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