Projeto arquitetônico de parque de Areia Vermelha é aprovado

A Ilha de Areia Vermelha, em Cabedelo, vai ganhar uma área de administração, que tem o objetivo de oferecer educação ambiental, orientação e segurança aos turistas. O projeto arquitetônico do Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha, feito pela Secretaria de Habitação de Cabedelo, foi aprovado pelo Comitê Gestor do Projeto Orla de Cabedelo em agosto. Um dos objetivos da obra é estabelecer normas para proteção ambiental para o ponto turístico, que recebe centenas de turistas por semana.

Após a aprovação pelo comitê e um estudo de solo realizado pela Secretaria de Habitação, o projeto do parque segue para a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), que vai alocar os recursos e começar o processo licitatório para a construção.

“O processo de execução do parque não deve demorar muito porque todos os membros da comissão estão muito empenhados nesse projeto. Mas como é uma obra que envolve área de preservação, patrimônio da União e até o Ministério Público, vai ser feito com bastante cuidado”, afirma Walber Farias, secretário de Meio Ambiente e Pesca de Cabedelo. O projeto arquitetônico inclui uma mureta de contenção do mar, ciclovia, sala de exposição, museu vivo, banheiros e boxes de informação ao turista.

A sede administrativa do parque não deve mudar muito o procedimento das embarcações turísticas que são cadastradas pela Prefeitura, mas os visitantes do banco de areia terão que passar por um controle feito no local. Lá, os turistas terão orientações de como devem se comportar durante o passeio.

“Antes de embarcar, os visitantes vão assistir a minipalestras com informações sobre o meio ambiente. Além disso, o parque vai contar com locais que comportam exposições de artistas locais com a temática ambiental”, explica o arquiteto e secretário de Habitação de Cabedelo, Rodrigo Martines. O projeto ainda prevê a construção de uma ciclovia, que vai se unir a um calçadão, previsto para ser construído em Cabedelo pelo Projeto Orlas.

O arquiteto ainda explicou que o projeto foi pensado de forma que minimizasse o impacto da obra no meio ambiente. “Vamos utilizar energia solar para a iluminação, captação da água da chuva para o sistema de banheiros e vamos construir a sede com madeira de reflorestamento”, afirma.

Segundo o educador ambiental Fernando Yplá, o grande problema nos passeios em áreas de preservação ambiental é a falta de orientação da população. “Os barcos que levam turistas colocam som alto, o que prejudica muito os animais marinhos, os turistas levam muita comida, fazem a refeição no local e o resultado disso é uma quantidade absurda de lixo no mar. Então para que o projeto dê certo é preciso um cadastramento sério e que depois seja realizada uma capacitação com viés ambiental para os comerciantes”, sugere.