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VIDA URBANA

Protesto na volta às aulas da UFPB

Após quatro meses em greve, instituição retoma as atividades acadêmicas, com protestos e 'enterro' de Dilma e Mercadante.

Publicado em 18/09/2012 às 6:00


Após quatro meses com as atividades interrompidas pela greve, estudantes e professores retornaram às salas de aula da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em João Pessoa. Quem foi ao campus ontem encontrou uma manifestação inusitada: dois caixões, um da presidente Dilma Rousseff e outro do Ministro da Educação Aloízio Mercadante, foram velados e sepultados por representantes do Sindicato dos Professores da UFPB (Adufpb) em um rito simbólico.

Cerca de 2.200 professores estavam de braços cruzados desde o dia 17 de maio, quando foi decretada a greve na UFPB.

Aproximadamente 42 mil alunos dos quatro campi da universidade estiveram sem aulas durante o período. A paralisação foi encerrada no último dia 12, mas a categoria ainda se diz insatisfeita com as negociações com o Governo Federal.

O presidente da Adufpb, Ricardo Lucena, explica que o velório simbólico da presidente e do ministro, no Centro de Vivências, é uma forma de demonstrar a insatisfação dos professores. “Esse é o enterro daqueles que deveriam tratar com maior zelo a educação no país”, declara. Segundo o presidente, as propostas do Governo ficaram muito aquém das expectativas da categoria.

“Tivemos poucos avanços e nossa principal reivindicação, que é a reestruturação do plano de carreiras, foi praticamente ignorada. A greve acabou, mas isso não significa que tudo esteja bem. O sentimento é de frustração e a mobilização deve continuar”, afirma.

Apesar de não ter obtido o êxito desejado, o representante do Sindicato descarta a possibilidade de interromper novamente as atividades este ano. “Uma nova greve em 2012 é pouquíssimo provável, mas pode acontecer no ano que vem, traremos o debate novamente à tona. Enquanto isso, estamos articulando diálogos com os parlamentares paraibanos, pedindo que avaliem e façam os ajustes necessários no Projeto de Lei do plano de carreiras que tramita no Congresso”, informa Ricardo Lucena.

Além do pedido de reformulação do plano de carreiras, estava na pauta de reivindicações da greve o respeito à autonomia universitária no desenvolvimento da carreira, alínea única no contracheque (incorporação das gratificações), articulação lógica entre regime de trabalho (classes e níveis) e remuneração de carreira, topo de carreira acessível a todos, paridade entre ativos e aposentados e reenquadramento dos aposentados prejudicados com a criação da classe de associado.

Para o professor Alexandre Nader, do Centro de Educação, os ganhos do movimento grevista foram quase nulos. “Os professores exigem melhores condições de trabalho e isso não está sendo atendido pelo Governo. Foram abertas novas vagas na universidade sem o aumento proporcional do corpo docente.

Resultado disso são salas de aula superlotadas, falta de espaço e outros problemas que comprometem tanto o aprendizado do alunado quanto o rendimento do professor”, reclama.

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Jornal da Paraíba

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