VIDA URBANA
Reitora da UFPB garante diálogo, mas nega concessões a alunos
Margareth Diniz disse que confia na conversa para a liberar a reitoria. Ela adiantou que não existe possibilidade de gratuidade total no RU.
Publicado em 31/03/2015 às 14:23
A reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Margareth Diniz, garantiu que está disposta a abrir o diálogo com os estudantes que protestam na instituição desde a noite de segunda-feira (30). Em entrevista ao JORNAL DA PARAÌBA, ela disse esperar que a desocupação do prédio da reitoria aconteça ainda nesta terça-feira (31). Contudo, adiantou que não existe a possibilidade de atender uma das principais reivindicações dos universitários: o restaurante gratuito para todos.
“A universidade tem um orçamento, existe o Programa Nacional de Assistência Estudantil, que determina os critérios para que as pessoas possam ter acesso [ao benefício]. Somos uma das poucas universidades do Brasil que ainda fornecem alimentação gratuita e vamos permanecer assim para quem tem direito. Não vamos confundir direitos com privilégios”, afirmou a reitora.
Margareth disse que existe um projeto para a abertura de um outro restaurante na UFPB, mas que esse não seria gratuito e sim ofereceria preços populares. “As pessoas tem o discernimento que a a universidade é pública, mas não pode dar refeição gratuita para todo estudante”, acrescentou, ressaltando que o pedido de gratuidade total é feita por uma minoria.
Estudantes trancaram as portas da universidade e impediram a entrada de funcionários (Foto: Francisco França)
O prédio da reitoria da UFPB foi invadido por cerca de 50 estudantes, integrantes de um grupo denominado Movimento Livre Para Todos, que cobra a abertura de diálogo com a reitora para discutir a questão do restaurante universitários, cortes no orçamento e outros pontos. O grupo está impedido a entrada de funcionários da instituição.
A reitora criticou a forma como se deu a ação dos estudantes e negou que tivesse sido procurada por eles. “Eles não pediram nenhum audiência, não encaminharam nenhuma pauta, simplesmente invadiram o prédio da reitoria e lá ficaram, mas acho que esse não é o caminho”, afirmou. Segundo Margareth, a ocupação já causou prejuízos à instituição, citando como exemplo o fato de hoje ser o último para pagamento de todos os servidores da UFPB.
Uma reunião entre representantes da reitoria e os estudantes que ocupam a instituição está marcada para acontecer ainda nesta terça.
Funcionários foram impedidos de entrar na Reitoria na manhã desta terça-feira (31)
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