VIDA URBANA
Retorno de cirurgias no Arlinda Marques ainda não tem previsão
Previsão é que, até o final desta semana, seja divulgada uma alternativa para retomar a realização de cirurgias no Arlinda Marques.
Publicado em 18/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 11/05/2023 às 15:29
O secretário de Estado da Saúde, Waldson de Souza, e o procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro, se reuniram na manhã de ontem para discutir a situação do Complexo Pediátrico Arlinda Marques. Apesar de ser referência no atendimento de crianças no Estado, desde a última sexta-feira, a unidade de saúde deixou de realizar cirurgias, por falta de médicos. A previsão é que, até o final desta semana, seja divulgada uma alternativa para retomar a realização de cirurgias no Arlinda Marques.
A equipe que atuava no hospital foi dispensada após uma decisão judicial proibir a contratação de profissionais vinculados a cooperativas.
Durante o encontro com o procurador, Waldson apresentou documentos e alegou dificuldades para contratar médicos por meio de concurso público. Segundo ele, existe pouca oferta na Paraíba de médicos especializados na área de pediatria. Além disso, os profissionais capacitados já possuem mais de um vínculo empregatício e não sentem interesse em fazer parte do quadro efetivo de servidores do Estado.
Através da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Saúde informou que o procurador solicitou um tempo para analisar o caso e estudar uma solução.
Enquanto o problema não é resolvido, a Promotoria da Saúde de João Pessoa reúne informações para convocar uma audiência pública. “Nada disso que está acontecendo foi comunicado oficialmente à Promotoria. Mas se o Estado junto com a Procuradoria Geral não encontrarem nenhuma solução, é preciso que o Ministério Publico intervenha, para garantir o direito das crianças”, observou a promotora interina da Saúde, Ana Raquel Beltrão.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Paraíba, padre João Bosco, também reagiu e classificou como “descaso e flagrante desrespeito à vida das crianças” a decisão de suspender as cirurgias infantis. Para ele, o Estado errou em prolongar a batalha judicial ao longo de 7 anos.
“Ao invés de prolongar essa briga, já deveria ter contratado os médicos por meio de concurso público. Essa instabilidade é desnecessária e não se poderia deixar que a situação chegasse a este ponto: de suspende totalmente as cirurgias”, afirmou.
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